Empresas

Vale (VALE3): Lucro líquido cai 17% no 1T25, a US$ 1,4 bilhão

24 abr 2025, 19:59 - atualizado em 24 abr 2025, 20:26
vale vale3 ibovespa wall street agenda
(Imagem: Reuters)

A Vale (VALE3) registrou lucro líquido de US$ 1,39 bilhão no primeiro trimestre de 2025, em uma baixa de 17% na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com balanço divulgado nesta quinta-feira (24).

Analistas esperavam por lucro líquido de US$ 1,62 bilhão, de acordo com projeções reunidas pela Bloomberg. No after hours, as ADRs da empresa recuavam 0,5% em Nova York. 

A companhia foi negativamente impactada por menores preços de minério de ferro e níquel, que foram parcialmente compensados por maiores volumes de vendas, custos unitários mais baixos no minério de ferro e melhor desempenho da Vale Base Metals.

O Ebitda ajustado da companhia recuou 9%, US$ 3,11 bilhões, enquanto a receita líquida de vendas teve baixa de 4%, a US$ 8,11 bilhões.

“Tivemos um início de ano consistente, alinhado com nossos objetivos para 2025. Estamos vendo um bom momento na gestão de custos, com nosso C1 atingindo US$ 21/t no 1T, continuando a trajetória de queda ano a ano”, disse a empresa em release de resultados.

“Nossos projetos de geração de valor continuam a progredir, sendo elementos essenciais para aumentar a flexibilidade do nosso portfólio e melhorar a eficiência operacional e de custos”.

Custos e despesas da Vale

A Vale informou que seus custos e despesas totais, excluindo os efeitos de Brumadinho e da descaracterização de barragens, somaram R$ 5,8 bilhões no período, uma queda de 2% na comparação anual. Já as despesas ligadas a Brumadinho e à descaracterização de barragens foram de R$ 97 milhões, alta de 137%.

O custo caixa C1 do minério de ferro caiu 11%, para US$ 21,0 por tonelada, e a empresa reafirmou seu objetivo de atingir o guidance de US$ 20,5 a 22,0 por tonelada em 2025.

No cobre, os custos all-in caíram 63% e ficaram em US$ 1.212 por tonelada, impulsionados pelo bom desempenho operacional e maior receita com subprodutos. Já os custos all-in do níquel, ajustados pela PTVI, caíram 4% e somaram US$ 15.730 por tonelada.

O Capex foi de US$ 1,2 bilhão, US$ 221 milhões a menos que no ano anterior, alinhado à revisão do plano de investimentos para 2025, que segue com guidance de US$ 5,9 bilhões.

A geração de fluxo de caixa livre recorrente foi de US$ 504 milhões, queda de US$ 1,7 bilhão na comparação anual, refletindo o menor Ebitda e maior capital de giro.

A dívida líquida expandida chegou a US$ 18,2 bilhões em 31 de março, aumento de US$ 1,8 bilhão frente ao trimestre anterior, influenciada pelo pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio.

Vendas

A Vale registrou crescimento nas vendas em todos os seus segmentos no comparativo anual. As vendas de minério de ferro subiram 4% (2,3 milhões de toneladas), enquanto cobre e níquel avançaram 7% (5,1 mil toneladas) e 18% (5,8 mil toneladas), respectivamente.

O preço médio realizado do minério de ferro foi de US$ 90,8 por tonelada, praticamente estável em relação ao trimestre anterior, mas 10% menor que no mesmo período do ano passado, devido à queda nos preços de referência.

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Linkedin
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
Linkedin

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar