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Vale (VALE3) já caiu 22% na bolsa em 2024; minério de ferro vai jogar mais peso sobre as ações?

26 mar 2024, 17:40 - atualizado em 26 mar 2024, 17:40
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Vale marca quinto pregão seguido de queda (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

As ações da Vale (VALE3) seguem distantes de virar o movimento de baixa. Em um início de ano marcado por riscos do lado micro e um cenário fraco pela parte macro, a mineradora já acumula uma queda de 22,2% na bolsa.

Nesta terça-feira (26), o papel da companhia marcou seu quinto pregão seguido no vermelho, tendo perdido hoje 1,27%, ao patamar dos R$ 60. O movimento segue mais um dia de baixa para os preços do minério de ferro.

O contrato de referência na Dalian Commodity Exchange, na China, encerrou as negociações diurnas com uma queda de mais de 3%, a 814,5 iuanes (US$ 112,85) a tonelada. Traders seguem alimentando preocupações quanto aos fundamentos do mercado, uma vez que a demanda por aço no mercado chinês continua fraca.

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Minério de ferro: até onde vai a queda?

Agentes da indústria entraram em consenso sobre a demanda por aço na China este ano. Segundo o Bank of America, as previsões vão de patamar estável a uma ligeira queda, com a demanda industrial, automobilística, de eletrodomésticos e em infraestrutura compensando o desempenho ruim do setor imobiliário.

As expectativas em relação à produção de aço bruto também ficam entre o estável e uma ligeira queda, dado o suporte das exportações, acrescenta o banco.

O BofA levanta que, embora o cenário pareça pouco inspirador, as margens de produtoras de aço se recuperaram ultimamente devido à queda brusca do minério de ferro e do carvão.

A instituição afirma que a maioria das produtoras de aço espera ver uma aceleração da demanda em infraestrutura no segundo semestre do ano. Ainda, espera-se que a política de renovação de equipamentos seja um gatilho para a melhora na demanda mais à frente.

A expectativa para o minério de ferro considera uma faixa de US$ 100-120 a tonelada ao fim de 2024. Porém, se os preços despencarem a US$ 80-90/tonelada, cortes de capacidade devem começar a acontecer, o que apoia a ideia de que o movimento de downside (queda) para a commodity parece “relativamente limitada”.

A Fitch Ratings atualizou duas semanas atrás suas estimativas para o minério de ferro nos próximos anos. As projeções foram atualizadas para cima. Neste ano, a commodity deve chegar aos US$ 105/tonelada (contra US$ 95 anteriormente), projeta a agência de classificação de risco.

Para 2025 e 2026, os preços esperados subiram a US$ 90 e US$ 85 a tonelada, respectivamente. Para 2027, as projeções foram mantidas em US$ 70/tonelada.

A revisão altista das estimativas reflete questões operacionais envolvendo vários produtores grandes devido a investimentos mais fracos desde 2020, restringindo a habilidade de ramp up de produção deles em direção aos targets, o que acaba limitando a oferta.

O Fitch avalia que o mercado permanecerá mais apertado por mais tempo.

Em relatório recente, o BB Investimentos reiterou a recomendação de compra para as ações da Vale. A mineradora também é sugestão de compra pelo time de análise da Genial Investimentos, que projeta um potencial de valorização de aproximadamente 37% para a companhia na bolsa, considerando o preço-alvo de R$ 82,50 e a cotação atual.

*Com informações da Reuters