Vale (VALE3), Itaú (ITUB4) ou Banco do Brasil (BBAS3): Qual é a ação mais certeira para março? 28 analistas elegem a melhor
A disputa pela preferência dos analistas está acirrada entre Vale (VALE3) e os grandes bancos brasileiros Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3). A mineradora e o setor bancário apresentaram o maior número de aparições nas carteiras recomendadas para março, revela o levantamento do Money Times.
Por pouco, o papel da Vale (VALE3) garantiu o posto de favorito do mês, após um breve período em terceiro lugar do ranking.
No mês passado, a Vale acabou perdendo a liderança para o Itaú e a PRIO (PRIO3), mas não demorou muito para que ela voltasse à posição que já assumiu tantas vezes antes.
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O levantamento, que usou informações de 28 carteiras, apontou a Vale como a ação mais indicada pelos analistas para março, somando ao todo 17 indicações.
Enquanto isso, Itaú e Banco do Brasil aparecem na segunda e na quarta posição, respectivamente. No meio dos gigantes, a petroleira júnior PRIO desponta, com 14 recomendações.
Por que Vale está valendo?
O BTG Pactual tem a ação da Vale como o nome favorito para se expor à reabertura da economia chinesa. O banco espera uma recuperação gradual da atividade no gigante asiático, à medida que o governo flexibiliza as restrições contra o coronavírus e o mercado imobiliário dá sinais de melhora.
Falando da Vale em específico, o BTG acredita que o momento operacional da companhia deve continuar em tendência de recuperação, já que a produção e os custos para suas divisões de minério de ferro e metais básicos devem melhorar nos próximos trimestres.
Para o Santander, a demanda por minério de ferro de alta qualidade deve continuar “decente” no curto prazo. Porém, mais do que isso, a instituição joga do lado otimista do mercado no debate sobre preços da commodity.
“Continuamos a ver um ponto de entrada atraente para nossa tese de minério de ferro alto por mais tempo (esperamos que os preços persistam acima de US$ 100/tonelada em 2023), principalmente considerando: (i) a demanda chinesa melhorando a partir do primeiro semestre de 2023 e (ii) um crescimento fraco da oferta de minério nos próximos anos”, explica.
Além disso, a Vale ainda é um forte nome quando se trata de dividendos. O BTG estima yield entre 13-15% para 2023, incluindo recompras de ações.
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Bancões no radar
Os bancos seguem como fortes opções de investimento, na avaliação dos analistas.
Do Itaú, a Ágora Investimentos menciona os resultados do quarto trimestre de 2022. “Destacamos que o banco continuou a se beneficiar de fortes resultados financeiros com clientes.”
Quanto às provisões, a linha foi impactada pelo provisionamento para um caso específico (Americanas – AMER3), “o que vemos como positivo, uma vez que o atual momento positivo do banco permitiu o provisionamento de 100% do risco, evitando impactos em 2023”, comenta a corretora.
A Ágora reforça ainda que o Itaú tem sido uma das preferências do investidor estrangeiro no setor bancário brasileiro, o que favorece o fluxo para o ativo.
O caso do Banco do Brasil não se difere muito. A Guide Investimentos também cita os resultados do fim do ano passado, quando a estatal bateu R$ 9 bilhões de lucro líquido, mesmo após provisionar 50% da exposição à Americanas.
Veja as ações mais indicadas para março:
Empresa | Indicações |
---|---|
Vale | 17 |
Itaú Unibanco | 16 |
PRIO | 14 |
Banco do Brasil | 10 |
Assaí | 9 |
Multiplan | 9 |
Weg | 8 |
Equatorial | 7 |
Gerdau | 7 |
Levantamento
O levantamento do Money Times foi realizado com base em informações de carteiras recomendadas divulgadas por 28 instituições. Para março, foram indicadas 88 ações, somando 269 recomendações.
Participaram do levantamento Ágora Investimentos, Ativa Investimentos, BB Investimentos, Benndorf, BTG Pactual, CM Capital, Eleven, Empiricus, Empiricus Investimentos, Genial Investimentos, Guide Investimentos, Inter, Itaú BBA, Levante, Mirae Asset, MyCap, Modalmais, Nova Futura, Órama, Planner, RB Investimentos, Banco Safra, Santander, Terra Investimentos, XP Investimentos, Warren, PagBank e EQI Research.