Vale (VALE3): Itaú BBA vê espaço para mais dividendos e recompras em 2025

O Itaú BBA manteve recomendação outperform (desempenho acima da média) para as ações da Vale (VALE3) e destacou que a companhia deve seguir com forte geração de caixa, o que abre espaço para dividendos e recompras adicionais já em 2025.
O banco manteve o preço-alvo em US$ 13 por ADR (R$ 70 por ação), rolando a projeção do fim de 2025 para o fim de 2026 — o que implica potencial de valorização de cerca de 31% em relação à cotação atual.
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Segundo os analistas do Itaú BBA, a Vale deve encerrar o ano com dívida líquida expandida em torno de US$ 16 bilhões, ligeiramente acima do ponto médio do intervalo de US$ 10 a 20 bilhões definido pela própria companhia.
Ainda assim, caso o minério de ferro permaneça próximo de US$ 100 por tonelada, a expectativa é de que a Vale mantenha conforto financeiro para remunerar os acionistas.
Para o Itaú BBA, o equilíbrio entre oferta e demanda de minério de ferro deve se manter relativamente estável nos próximos trimestres, com demanda ainda sólida da China e do Sudeste Asiático, e a entrada em operação de novos projetos, como Simandou.
“O cenário atual sugere espaço para distribuição adicional via dividendos ou recompras. Em nossa visão, a administração deve priorizar recompras, considerando os níveis de preço da ação”, escreveram os analistas.
Expectativas para a Vale
Para o período de 2026 a 2028, o Itaú BBA estima que a mineradora entregará um rendimento médio de fluxo de caixa livre de 8% (excluindo desembolsos relacionados a Mariana e Brumadinho), o que pode se refletir em rendimentos semelhantes para dividendos.
O Itaú BBA ainda reduziu a projeção de Ebitda da Vale em 2025 para US$ 14,1 bilhões, 3% abaixo da previsão anterior, principalmente devido à dinâmica mais fraca do mercado de pelotas, que levou a empresa a cortar produção diante da redução dos prêmios.
Para 2026, o banco espera que a linha chegue a US$ 15,5 bilhões, alta de 10% ano contra ano, mas 2% abaixo da previsão anterior – a projeção mais alta de preços é mais do que compensada por uma visão mais cautelosa em relação a prêmios de qualidade e ao volume total de embarques.