VALE3, GGBR4, USIM5, CSNA3 e CMIN3: Quem saíra vencedor do 2T24, segundo Safra
Enquanto a safra de resultados não começa, bancos e corretoras já traçam o cenário para as empresas no segundo trimestre de 2024. Para o setor de mineração e siderurgia, o Safra espera recuperação do minério de ferro, enquanto o aço continuará decepcionando. O setor não tem vivido seus melhores dias, na esteira da fraqueza da China. A Vale (VALE3), por exemplo, acumula queda de 19% no ano. O papel se encontra no menor patamar em anos.
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“Para o minério de ferro, o crescimento dos resultados virá provavelmente de uma melhor sazonalidade da produção, apesar de uma queda nos preços realizados. No caso do aço, os resultados em geral deverão permanecer pressionados devido aos custos elevados e aos preços internos estáveis”, dizem Ricardo Monegaglia e Conrado Vegner, que assinam o relatório.
Veja a seguir o que esperar
Vale, recuperação
Segundo o Safra, a Vale reportará Ebitda, que mede o resultado operacional, de US$ 4,1 bilhões, alta de 26% no trimestre. Porém, a cifra está 7% abaixo do consenso do mercado.
“Acreditamos que os resultados serão impulsionados por maiores embarques de minério de ferro, em 71 milhões de toneladas, alta de 30% no trimestre, o que deve mais do que compensar a que dos preços da commodity de US$ 100 a tonelada”, diz.
Já o resultado dos metais básicos também devem melhorar 93% em relação ao trimestre passado, para US$ 500 milhões. A alta dos preços compensará a elevação dos custos.
CSN e CSN Mineração
No caso da CSN (CSNA3), o Safra prevê Ebitda de R$ 2,3 bilhões, alta de 16% ante o quarto trimestre, com resultados mais fracos em siderurgia e energia compensados por melhores resultados nas demais operações. Já o Ebtida de aço deve cair 6%, puxado por menores preços e volumes de exportação.
Para a CSN Mineração (CMIN3), o banco vê Ebitda ajustado de R$ 1,5 bilhão, elevação de 36%. “Acreditamos que os resultados serão ajudados por maiores remessas em um trimestre sazonalmente mais forte, de 10,7 milhões de toneladas (alta de 17% no trimestre)”, destaca.
Gerdau e Usiminas
O Safra espera que a Gerdau (GGBR4) reporte Ebitda de R$ 2,6 bilhões, queda de 8% no trimestre e 8% abaixo do consenso. O banco espera que os resultados no Brasil sejam mais fracos devido às exportações mais baixas. Nos Estados Unidos, preços realizados mais baixos vão pesar.
Para a Usiminas (USIM5), o Safra projeta Ebitda de R$ 437 milhões, aumento de 5% na comparação trimestral, mas 17% abaixo do consenso de R$ 528 milhões.
“Projetamos resultados de aço sequencialmente estáveis em R$ 332 milhões, já que maiores embarques domésticos devem ser compensados por menores volumes de exportação e preços domésticos”, coloca.