Vale (VALE3) amplia espaço para dividendos após acordo com a GIP

A Vale (VALE3) tem uma flexibilidade adicional de caixa para apoiar o pagamento de proventos no ano, com US$ 4 bilhões em dividendos se tornando mais prováveis, mesmo em um cenário desafiador para o preço do minério de ferro, disse o BTG Pactual nesta terça-feira (1).
Na véspera, a mineradora anunciou um acordo com a Global Infrastructure Partners (GIP) para criar uma joint venture na Aliança Energia, empresa que atua no setor de energia no Brasil. Com o negócio, a mineradora receberá cerca de US$ 1 bilhão e terá 30% da nova empresa, enquanto a GIP ficará com 70%.
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Controlado pelo BlackRock, o GIP é um dos maiores fundos de investimentos em infraestrutura do mundo, com um portfólio avaliado em cerca de US$ 170 bilhões.
Segundo os analistas Leonardo Correa e Marcelo Arazi, do BTG, o acordo deve ajudar a Vale a administrar sua meta de dívida líquida, hoje entre US$ 10 bilhões e US$ 20 bilhões. “Reconhecemos isso como um desenvolvimento positivo (ainda que pequeno), reforçando a capacidade da Vale de manter um dividend yield sólido em torno de 10%”.
As ações da Vale encerraram a sessão desta terça-feira (1º) com alta de 0,86%, a R$ 57,19, depois de o contrato de maio do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China fechar em alta de 1,86%, a 792 iuanes (US$108,98) a tonelada.
A ação da Vale acumula alta de 8,93% neste ano, mas o BTG segue com recomendação neutra, por conta de uma perspectiva menos otimista em relação ao minério de ferro. No entanto, o banco observa que há uma melhora gradual nos fundamentos da empresa, tanto operacionalmente quanto na mitigação de riscos-chave.