Vale (VALE3): Em meio ao caos, tem coisa boa! Veja o que dizem os analistas sobre os dados do 1T24
As ações da Vale (VALE3) figuram na ponta positiva do Ibovespa (IBOV) nesta quarta-feira (17), após divulgar números “sólidos” de produção no primeiro trimestre de 2024. Às 10h30, VALE3 saltava 3,16%, a R$ 63,38.
Em minério de ferro, a companhia apresentou um forte desempenho operacional, avaliam a Ágora Investimentos e o Bradesco BBI. A melhoria anual foi explicada por uma boa performance do projeto S11D, iniciativas contínuas de confiabilidade de ativos e maiores compras de terceiros.
Como resultado, a Vale reiterou sua orientação de produção da commodity para 2024 de 310 milhões a 320 milhões de toneladas.
Os analistas dão destaque às vendas de minério e de pelotas, que aumentaram 15%, para 63,8 milhões de toneladas, explicadas por bases de comparações mais fáceis. Os preços realizados foram mais fortes do que o esperado, o que representa um risco positivo para a estimativa de Ebitda de US$ 3,1 bilhões no trimestre.
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Já a Ativa Investimentos avalia que o ponto negativo ficou com a qualidade e os prêmios da commodity, que decaíram.
Além disso, na divisão de metais básicos, os números de cobre e níquel seguem aquém do esperado. A produção de níquel diminuiu, devido às paradas em Onça Puma, enquanto a de cobre aumentou em relação ao mesmo período de 2023 em meio ao contínuo avanço da mina de Salobo III.
“Apesar dos menores prêmios em minério de ferro e do menor desempenho em metais para transição energética, as diferenças positivas em vendas e preço médio de minério de ferro somadas à maior contribuição de pelotas devem fazer com que os números deste 1T24 sejam recepcionados de forma positiva pelo mercado”, avalia Ian Arbetman.
Ágora e Bradesco seguem com recomendação de compra para Vale, uma vez que veem um valuation atraente e bons fundamentos do mercado de minério de ferro no curto prazo. Já a Ativa tem indicação neutra, com preço-alvo em R$ 75.
Vale: Analistas estão otimistas com o minério de ferro
Para os analistas, a produção de minério de ferro foi um dos destaques do trimestre. A Vale produziu 70,8 milhões de toneladas da commodity.
“A produção do 1T24 representa o alcance de 22,5% do meio do guidance anual entre 310 e 320 milhões de toneladas. O alcance dessa marca em um trimestre sazonalmente desfavorável confere tranquilidade para a empresa alcançar seus objetivos de produção de finos de minério de ferro neste ano”, avalia o analista da Ativa.
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As vendas de minério e os preços também vieram acima do esperado. As vendas subiram 15%, a 52,5 milhões de tonelada, e os preços realizados foram de US$ 100,7 por tonelada, apesar da queda anual média de 7,3% da cotação internacional.
Rafael Barcellos e Renato Chanes, da Ágora e do Bradesco, avaliam que a oferta restrita deve impulsionar o minério no curto prazo. A demanda, por sua vez, tem mostrado alguns sinais encorajadores, como as taxas de utilização de capacidade instalada mais altas na China e a melhoria contínua nas margens das siderúrgicas chinesas.