Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4): O que 30 tubarões pensam sobre as ações?
O Bank of America se reuniu com 30 investidores para entender o sentimento do mercado em relação aos papéis de commodities da bolsa brasileira.
De acordo com o banco, em relatório enviado a clientes, a percepção de risco em relação à Vale (VALE3) parece estar mudando. O papel acumula queda de 18% no ano.
“O clima melhorou desde a nossa última rodada de reuniões em julho, quando a maioria dos investidores se mostrou negativo em relação à China“, coloca.
Segundo o relatório, a maioria dos investidores se tornou gradualmente mais positiva em relação à China e ao minério de ferro, pelo menos antes de uma negociação sazonal no primeiro trimestre – “a maioria deles através da Vale, enquanto alguns usavam a Gerdau (GGBR4) como financiamento”.
O BofA lembra que o preço do minério de ferro passou de US$ 103 por tonelada em agosto para os atuais US$ 135 tonelada.
“Por outro lado, esta parece mais uma visão construtiva de curto prazo, uma vez que a maioria concorda que a produção chinesa de aço bruto já atingiu o pico e deverá cair novamente em 2024, arrastando o consumo de minério de ferro e levando a um excedente no segundo semestre de 2024”, discorre.
Mesmo assim, o posicionamento comprado dentro da Vale parece ter aumentado recentemente e, “pelas nossas reuniões, parece ser o veículo preferido para se posicionar para um aumento sazonal no minério de ferro no primeiro trimestre de 2024”.
“Recebemos mais resistência às nossas atualizações na CSN (CSNA3) e na Usiminas (USIM5), uma vez que os investidores estão mais negativos em relação ao aço (especialmente com a Gerdau), mas a maioria reconheceu que, com a força do minério de ferro, estas ações também deverão ter um bom desempenho”, argumenta.
No último dia 20, o BofA elevou a sua atualização das recomendações de Vale, CSN e Usiminas para compra. Ao mesmo tempo, CSN Mineração (CMIN3) foi elevada para a classificação “neutro”.
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E a Petrobras?
No caso do petróleo, a maioria dos investidores tornou-se mais cauteloso em relação aos preços da commoditie, mas continua a ter o PRIO (PRIO3) como a sua principal escolha.
Para a Petrobras (PETR4), embora os investidores ainda pareçam acreditar que as perspectivas de dividendos continuam atraentes, há algum grau de preocupação em relação ao plano de investimentos da empresa e como ele poderia impactar os dividendos no futuro.
Na última semana, a gigante aprovou o Plano Estratégico 2024-2028 com previsão de US$ 102 bilhões em investimentos nos próximos cinco anos. Se trata do primeiro plano da estatal sob a gestão do governo Lula.