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Vale (VALE3) diz que vai recompor o colegiado do CA ‘de forma célere’

02 jul 2024, 10:49 - atualizado em 02 jul 2024, 10:49
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(Imagem: Reuters/Washington Alves)

Com a renúncia de dois conselheiros em um período de quatro meses, Vale (VALE3) afirmou que a recomposição do Conselho de Administração (CA) será feita de ‘forma célere’.

Para isso, a mineradora contará com o apoio da consultoria Korn Ferry.

“A seleção dos membros substitutos será conduzida com o assessoramento da consultoria Korn Ferry, empresa de padrão internacional, considerando as disposições da Política de Administradores, diretrizes legais e regras de mercado. Os membros nomeados servirão até a próxima Assembleia Geral Extraordinária, cuja convocação ocorrerá posteriormente”, diz a empresa em comunicado ao mercado.

Ontem (1°), a Vera Marie Inkster apresentou sua renúncia ao cargo de membro do conselho de administração da empresa. Os motivos para a renúncia não foram divulgados.

A saída dela acontece quatro meses depois de José Luciano Duarte Penido deixar uma cadeira no CA.

Em março, o executivo renunciou com a com a alegação de que havia uma ‘evidente e nefasta’  intervenção política no processo de sucessão do atual presidente da mineradora Eduardo Bartolomeo.

Uma fonte próxima às discussões sobre a sucessão na Vale afirmou à Reuters, na condição de sigilo, que houve tentativas de desqualificar a carta de Penido desde então.

“A renúncia da Marie, que é conselheira independente, estrangeira, traz a carta ao valor presente. Esse é o dado. E escancara que você está com o conselho administrativo em crise grave”, afirmou, na condição de sigilo.

A saída de Inkster disparou ainda uma necessidade da Vale convocar uma Assembleia Geral Extraordinária, uma vez que o número de conselheiros independentes no colegiado somará seis, abaixo dos sete exigidos pelo estatuto social da companhia. Sem a conselheira, o CA ficará com um total de 11 membros.

Saída de Penido e processo de sucessão na Vale

José Luciano Duarte Penido defendia a renovação do mandato do presidente executivo, Eduardo Bartolomeo, segundo a Reuters. Mas o conselho decidiu, por ampla maioria, manter o CEO no cargo apenas até o fim deste ano — em março desde ano.

Na época, o Penido enviou uma carta ao presidente do conselho da empresa, apontando que o processo de sucessão do CEO na mineradora estava sendo conduzido de maneira manipulada, com influência política.

Atualmente, está definido que o Bartolomeo vai apoiar a transição para a nova liderança no início do ano que vem e atuará como advisor até 31 de dezembro de 2025.

A definição ocorreu após o governo ter feito críticas sobre os rumos da mineradora e ter dado sinais públicos de que buscaria influenciar na escolha de um novo executivo. O conselho da Vale, porém, tem competência exclusiva para decidir sobre a escolha do presidente da companhia.

*Com informações de Reuters 

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