Vale (VALE3), CSN Mineração (CMIN3) e Bradespar (BRAP4) fecham em queda mesmo com alta de 10% do minério, após estímulos da China
As ações das mineradoras listadas na bolsa de valores brasileira operam a maior parte do dia em alta nesta segunda-feira (30), em linha com o desempenho do minério de ferro. Contudo, no final da tarde, as ações perderam o fôlego e fecharam em queda.
Os papéis da Vale (VALE3) caíram 0,70%, cotados a R$ 63,51. Já Bradespar (BRAP4) fechou em baixa de 0,39%, a R$ 20,22, e CSN Mineração (CMIN3) -0,14%, a R$ 6,90.
O minério, por sua vez, disparou mais de 10%, para uma máxima de quase três meses, com a melhora das perspectivas de demanda devido ao estímulo imobiliário da China, principal mercado consumidor da commodity, e por uma série de políticas de flexibilização monetária.
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O contrato de janeiro mais negociado do minério na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) saltou 10,71%, a 117,14 dólares a tonelada. Já a referência para novembro na Bolsa de Cingapura subiu 9,76%, para 112,05 dólares a tonelada.
Os estímulos do banco central chinês (PBoC) envolvem o pedido para os bancos reduzirem as taxas de hipoteca para empréstimos imobiliários existentes antes de 31 de outubro. Em reação, a bolsa de Shanghai avançou 8,06%, em seu maior ganho diário em 16 anos.
Estímulos na China
No estímulo do PBoC à economia chinesa, os bancos comerciais devem, em lotes, reduzir as taxas de juros das hipotecas existentes para não menos que 30 pontos-base abaixo da taxa LPR, a taxa de referência do banco central para hipotecas.
Espera-se que as taxas de hipoteca existentes sejam reduzidas em cerca de 50 pontos, em média.
Em toda a China, uma série de medidas, incluindo reduções nas taxas de entrada e nas taxas de hipoteca, foi introduzida este ano para apoiar o mercado imobiliário em crise.
Mas as medidas de estímulo têm tido dificuldades para impulsionar as vendas ou aumentar a liquidez em um mercado evitado por compradores e que continua sendo um grande obstáculo para o crescimento econômico mais amplo.
Somando-se a esses esforços, a cidade de Guangzhou anunciou no domingo o fim de todas as restrições à compra de casas, enquanto Xangai e Shenzhen disseram que diminuirão as restrições à compra de moradias por consumidores não locais e reduzirão a taxa mínima de entrada para os compradores de primeira casa para não menos que 15%.
Os anúncios de domingo foram feitos depois que a China revelou na terça-feira seu maior pacote de estímulo desde a pandemia da Covid-19 para tirar a economia de seu estado deflacionário.
A redução da taxa de hipoteca definida pelo banco central tem como objetivo aliviar a carga hipotecária dos proprietários de imóveis, buscando impulsionar o mercado imobiliário e a fraqueza demanda de consumo interno.
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