Vale (VALE3) conclui venda de 10% da Vale Base Metals para a Manara por US$ 2,5 bilhões
A Vale (VALE3) anunciou, nesta terça-feira (30), que concluiu a venda de 10% da Vale Base Metals (VBM) para a Manara Minerals. O negócio foi fechado por aproximadamente US$ 2,5 bilhões. Anunciada em julho de 2023, a entrada da Manara no capital da VBM é apresentada pela Vale como uma “parceria estratégica” que vai “acelerar a geração de valor dos ativos e projetos de primeira linha que a VBM tem em seu portfólio.”
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Ainda segundo o fato relevante de hoje, a chegada da Manara permitirá que “a VBM suporte a transição energética global a um ritmo mais rápido e em grande escala nas principais jurisdições para minerais críticos onde opera.”
A Manara é uma joint-venture entre Ma’aden, mineradora estatal da Arábia Saudita, e o Fundo de Investimento Público do mesmo país.
A Vale acrescenta que, nos próximos dez anos, ‘A VBM deverá investir em novos projetos no Brasil, Canadá e Indonésia”. O objetivo é alcançar um aumento “significativo” de produção. No segmento de cobre, por exemplo, o plano é elevar de 350 mil toneladas anuais para 900 mil toneladas anuais. Já a produção de níquel deve crescer de 175 mil toneladas por ano, para 300 mil toneladas.
Mas nem tudo foi motivo para festejar nesta terça-feira. Segundo o fato relevante da mineradora, uma outra parceria estratégia também anunciada em julho de 2023 não foi adiante. Trata-se da compra de uma fatia de 3% da VBM por uma empesa americana de investimentos, a Engine Nº 1.
“Conforme o avanço das negociações nos últimos meses, ambas as partes concordaram em não seguir com os termos e condições previamente acordados, mas permanecem abertas a futuras parcerias”, disse a companhia. “A Engine Nº 1 é um parceiro estimado, cujo compromisso com a criação de infraestrutura sustentável e cadeias de suprimentos é complementar à missão da Vale”, acrescentou.
Vale (VALE3) frustra expectativas com balanço “fraco” no 1T24
A Vale (VALE3) reportou lucro líquido atribuível aos acionistas de US$ 1,6 bilhão no primeiro trimestre de 2024, mostra relatório enviado ao mercado nesta quarta-feira (24), queda de 9% em relação ao mesmo período do ano passado.
O número ficou abaixo do consenso da Bloomberg, que esperava lucro de US$ 1,810 bilhão. Segundo a empresa, os menores preços realizados de finos de minério de ferro, níquel e cobre, parcialmente compensado por maiores volumes de vendas de minério de ferro e cobre, contribuíram para o número mais fraco.
Os contratos de futuro do minério de ferro tiveram forte recuou em 2024, saindo da casa dos US$ 144 para os atuais US$ 108.
Veja o fato relevante sobre a conclusão da venda da fatia da VBM pela Vale (VALE3):
(Com Renan Dantas)