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Vale (VALE3): BTG não vê revisão de estimativas como gatilho de curto prazo; o que fazer com as ações?

21 jun 2024, 14:26 - atualizado em 21 jun 2024, 14:26
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Vale atualizou nesta semana estimativas para divisão de metais de transição energética (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)

O BTG Pactual não vê a revisão de estimativas feita pela Vale (VALE3) para a divisão de metais básicos como um gatilho de curto prazo, tendo em vista que a maioria das metas está voltada para 2026 e além.

O banco recebeu de maneira positiva a apresentação conduzida pelo presidente da Vale Metais Básicos (VBM), Mark Cutifani, pela diretora comercial da VBM, Tina Litzinger, e o diretor de RI da Vale, Thiago Lofiego, na quinta-feira (20).

“Continuamos a ver os ativos de metais básicos da Vale como significativamente subestimado dentro do valor de mercado geral de US$ 49 bilhões, sugerindo que os investidores estão atribuindo muito pouco ou nenhum valor à unidade de metais básicos”, avaliam os analistas do BTG.

Vale lembrar que a mineradora estima um aumento na produção de cobre e níquel em 2026 em relação às projeções anteriores, considerando ganhos após uma revisão de ativos.

A produção de cobre pode atingir 394.000 a 431.000 toneladas. Ou seja, 5% acima do baseline de 2026, e a de níquel, de 209.000 a 231.000 toneladas, 10% acima do baseline.

A estimativa considera a implementação das iniciativas de revisão de ativos, com dispêndios totais de US$ 800 milhões (capacidade run rate e confiabilidade em Sudbury e Salobo) e 30% de aumento da produtividade em Sudbury.

A mineradora também estima uma redução de 10% nos custos all-in, em relação ao baseline, na faixa de US$ 3.500 a US$ 4.000 por toneladas para o cobre e de US$ 11.500 a US$ 13.500 por toneladas para o níquel.

Para o BTG, a apresentação detalhada dos ativos ressalta a qualidade que a Vale reuniu para gerenciar o negócio daqui para frente. “Embora não exista solução mágica para esses ativos, acreditamos que existe um caminho para a recuperação da rentabilidade, com taxas de Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) potenciais de 3-4 bilhões de dólares, acima dos atuais 2 bilhões”.

O banco mantém recomendação neutra para a Vale, mas reconhece que a avaliação se tornou mais atraente.

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Valor da Vale Metais Básicos depende do desempenho operacional

Na avaliação da XP Investimentos, o valor da VBM será desbloqueado assim que as operações refletirem o melhor desempenho operacional esperado.

“Embora vejamos riscos de baixa limitados para os preços do ferro no curto prazo, as discussões em andamento relacionadas ao governo permanecem como uma ameaça (embora perto de uma conclusão), em nossa opinião”, dizem.

Apesar dos ventos contrários, a casa vê o valuation da Vale como atraente, com EV/Ebtida para 2024 abaixo de 4x e a análise sugere um desconto de capital de 16% em relação ao que os preços spot das commodities implicariam, reiterando a recomendação de compra da XP para ações.

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