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Vale (VALE3): BTG corta preço-alvo com situação da China; veja as novas projeções

16 ago 2024, 15:34 - atualizado em 16 ago 2024, 21:43
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O banco também reduziu as projeções do Ebitda, que mede o resultado operacional, em 12% para 2024 e 15% para 2025 (Imagem: Reuters/Washington Alves)

Em meio à fraqueza do minério de ferro, o BTG cortou o preço-alvo das ADRs da Vale (VALE3) de US$ 16 para US$ 12, mostra relatório enviado a clientes. Segundo o banco, a situação macro da China deteriorou-se e tornou-se um obstáculo adicional para a situação da equidade.

Nesta sexta, os contratos futuros do minério de ferro caíram pela quinta sessão consecutiva. Os preços caminham para uma segunda semana de perdas, com o sentimento de baixa prevalecendo depois que os preços do aço mais fracos do que o esperado na China prejudicaram a perspectiva de demanda do minério.

“Notamos recentemente algumas melhorias na história ascendente da Vale, mas preferimos esperar por um pouco mais de visibilidade nas fontes salientes antes de mudar de marcha”, coloca.

Com isso, o banco também reduziu as projeções do Ebitda, que mede o resultado operacional, em 12% para 2024 e 15% para 2025.

“O desempenho operacional continua a ser uma questão fundamental para os investidores, mas esperamos que a administração continue a reduzir os riscos da empresa no futuro”, argumenta.

O BTG vê a Vale negociada a cerca de 4x o Ebtda em 2024 e rendimentos de dividendos perto de 7-8%.

Acordo de Mariana, sai ou não sai?

Os analistas dizem que as negociações parecem estar progredindo bem “e prevemos um resultado melhor do que o esperado pelo mercado”.

A Vale vem travando uma batalha com a justiça para definir o valor a ser pago nas indenizações.

Em junho, a empresa, junto com BHP e Samarco, apresentaram às autoridades nova oferta de acordo indenizatório pelo rompimento em Mariana, estimando um desembolso total de R$ 140 bilhões, mas ainda abaixo do demandado pelo poder público.

Do montante total, R$ 37 bilhões já foram empenhados, segundo as companhias.

A Vale permanece confiante em relação ao cronograma de dois meses para fechamento do acordo.

Ainda segundo os analistas, os pagamentos extraordinários este ano dependerão em grande parte do resultado desse acordo.

“A empresa está possivelmente adotando uma abordagem cautelosa em relação aos dividendos extraordinários, o que entendemos estar relacionado à falta de visibilidade nas negociações da Samarco e aos mercados pressionados de minério de ferro”, diz.

E CEO?

Para o BTG, a solução deve ser caseira, ou seja, com um nome de dentro da Vale, como Gustavo Pimenta (CFO) ou Marcelo Spinelli (VP comercial de minério de ferro).

A empresa continua confiante no cronograma do processo, conforme divulgado anteriormente. A lista tríplice de candidatos não será necessariamente aberta ao mercado, podendo inclusive ser concluído antes do prazo, em setembro.

Segundo o Broadcast, agora o rol de sugestões de executivos para CEO será reduzido de 15 para cinco opções.

*Com informações da Reuters

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