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Vale (VALE3) avalia que crise na Ucrânia sustenta preços de níquel e pelotas

25 fev 2022, 11:48 - atualizado em 25 fev 2022, 11:50
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O mercado global de pelotas é de cerca de 120 milhões de toneladas, sendo a Ucrânia responsável por 15% enquanto a Rússia por 10%, pontuou o vice-presidente executivo de Ferrosos da Vale, Marcello Spinelli (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

A Vale (VALE3) avalia que a crise geopolítica envolvendo Ucrânia e Rússia pode impulsionar preços de níquel e pelotas de minério de ferro, afirmaram executivos nesta sexta-feira, ponderando que a extensão dos efeitos vai depender da duração das tensões que culminaram com a invasão russa na véspera.

O mercado global de pelotas é de cerca de 120 milhões de toneladas, sendo a Ucrânia responsável por 15% enquanto a Rússia por 10%, pontuou o vice-presidente executivo de Ferrosos da Vale, Marcello Spinelli.

“Tem impacto. A grande questão é o tempo que vai demorar essa tensão. O impacto primário, eu diria que muito mais voltado às plantas do leste europeu, que tem relação muito mais direta. E as plantas mais do lado ocidental tem alternativa”, disse o executivo, ao participar de conferência com analistas.

“Já recebemos ligações de nossos clientes europeus, inclusive também do leste europeu. Eu diria que…, no primeiro momento, o impacto vai ser provavelmente uma redução de produção e preços de prêmios de pelotas devem agir.”

O executivo pontuou, no entanto, que a empresa já está com prêmios fechados para o trimestre e, dependendo da extensão do problema, provavelmente deverá registrar impacto no trimestre seguinte.

Já no caso do níquel, o presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, disse que antes do acirramento das tensões na Ucrânia os preços já estavam em alta por questões de oferta e demanda e que houve uma aceleração.

“Tem impacto ainda especulativo porque ainda não tem nenhuma sanção, mas antes da tensão geopolítica os preços do níquel já estavam sendo impactos por ‘supply/’demand'”, disse.