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Vale (VALE3) adota padrão global para gestão de suas barragens de rejeitos

27 jul 2023, 21:02 - atualizado em 27 jul 2023, 21:02
Vale implementa Padrão Global da Indústria para a Gestão de Rejeitos (GISTM, na sigla em inglês) em suas barragens de rejeitos (Imagem: REUTERS/Yusuf Ahmad)

A Vale (VALE3) comunicou nesta quinta-feira (27) a implementação do Padrão Global da Indústria para a Gestão de Rejeitos (GISTM, na sigla em inglês) em suas barragens de rejeitos.

Lançado em 2020 a partir de uma iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, dos Princípios para o Investimento Responsável e do Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM), o GISTM é o primeiro padrão global do setor mineral, considerado um marco mundial para a segurança de barragens.

Das 50 estruturas de armazenamento de rejeitos (EARs) sob sua gestão, a Vale implementou o padrão global em 48 delas (35 da unidade de soluções de minério de ferro no Brasil e 13 do negócio de metais para transição energética).

A Vale destacou que as outras duas estruturas restantes possuem classificação de consequência mais baixa e estarão em conformidade com o padrão até agosto de 2025.

“Cumprimos nosso compromisso e implementamos o GISTM para nossas estruturas de armazenamento de rejeitos priorizadas. […] Continuaremos avançando com a incorporação das melhores práticas internacionais para que a Vale se torne uma empresa cada vez mais segura e sustentável”, comentou o CEO Eduardo Bartolomeo, em comunicado enviado ao mercado.

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Além da implementação do GISTM, a Vale tem feito movimentações no processo de descaracterização das suas estruturas alteadas a montante no Brasil, depois que o rompimento de uma barragem culminou na tragédia de Brumadinho (MG) em janeiro de 2019, somando mais de 200 mortos e deixando um rastro de sequelas ambientais na região.

Segundo a Vale, desde 2019, das 30 barragens deste tipo previstas no programa, 12 foram descaracterizadas. A companhia espera concluir a descaracterização da próxima estrutura ainda neste ano, com a conclusão total do programa prevista para 2035.

Resultados, JCP e venda de fatia em metais básicos

O lucro líquido das operações continuadas da Vale totalizou US$ 928 milhões no segundo trimestre de 2023, tombo de 77,6% sobre o mesmo período do ano passado.

Enquanto isso, o lucro líquido das operações continuadas atribuído a acionistas somou US$ 892 milhões entre abril e junho deste ano.

A baixa teve como efeito principal tributos que recaíram sobre os lucros da companhia, segundo o relatório. Além do “tributo corrente”, no valor de US$ 404 milhões, houve a baixa de US$ 1,38 bilhão em “tributo diferido”.

Nesta quinta, o conselho de administração da companhia aprovou o pagamento de R$ 8,27 bilhões em juros sobre o capital próprio (JCP), O montante diz respeito aos números apurados conforme o balanço de 30 de junho de 2023.

A mineradora também confirmou a tão esperada venda da fatia minoritária em sua unidade de negócios de metais básicos. A Vale vendeu, por US$ 3,4 bilhões, 13% da divisão para os fundos Manara Minerals e a Engine N.

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