Vale (VALE3): Ação perto de perder os R$ 60? Riscos de queda para o minério de ferro persistem, diz banco
A Vale (VALE3) começou a semana da mesma forma como terminou o último fechamento: em queda. As ações da companhia recuaram nesta segunda-feira (14), seguindo a mesma trajetória de baixa do minério de ferro na Ásia e marcando o quinto pregão seguido no vermelho.
A mineradora registrou perdas de 2,66% na Bolsa, com o seu papel negociado a R$ 61,90.
Os contratos futuros de minério de ferro caíram nesta segunda, tanto em Cingapura quanto na Dalian Commodity Exchange da China, com traders avaliando os cortes na produção de aço chinês e com um mercado imobiliário ainda ruim no país asiático.
Mesmo com o governo chinês prometendo mais apoio para reaquecer a economia, os mercados têm pesado a fraqueza persistente do lado da demanda.
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Preços em queda
O Goldman Sachs, em relatório de atualização divulgado neste mês, destaca que os preços do minério de ferro têm se mostrado mais resilientes que o esperado neste ano. De agora em diante, detalhes envolvendo os estímulos da China para dar suporte ao setor imobiliário serão “cruciais” para determinar o caminho que a commodity traçará no restante do ano, afirma a equipe de análise.
Por ora, os analistas do banco continuam vendo o mercado de minério de ferro virando para uma fase de sobreoferta.
“Também permanece o risco de cortes compulsórios de aço na China, o que potencialmente poderia levar a um choque negativo de demanda para o mercado e os preços”, acrescenta o Goldman Sachs.
O Goldman Sachs elevou recentemente o preço-alvo dos ADRs (American Depositary Receipts, recibos de ações de uma empresa estrangeira negociada nos Estados Unidos) da Vale (VALE) a US$ 12,70, o que implica potencial de queda sobre a cotação atual, de US$ 12,91 (valor do último fechamento).
A recomendação para VALE é “neutro”. De acordo com a instituição, o papel precifica preços do minério de ferro a US$ 102/tonelada vs. spot a US$ 105/tonelada e estimativas da casa de US$ 90/tonelada no segundo semestre de 2023 e em 2024.
Em nota ao Money Times, a empresa afirmou que:
“A Vale não comenta oscilações no valor das ações.
Em relação à China, a Vale continua mantendo uma visão positiva da economia do país. A China é a segunda maior economia do mundo. Mesmo no ano muito difícil de 2022, a economia da China mostrou uma resiliência notável, com o PIB expandindo 3% para um recorde de mais de 121 trilhões de RMB. A Vale acredita que a demanda de aço da China ainda é resiliente e se mantém em níveis elevados, apoiada por fundamentos sólidos no longo prazo. O progresso contínuo da urbanização, o desenvolvimento dos setores industriais e os investimentos em descarbonização trarão novas oportunidades para a demanda chinesa de aço e minério de ferro. As comparações entre países sugerem que a demanda chinesa pode se estabilizar e permanecer em níveis semelhantes nos próximos anos.”
Matéria originalmente publicada em 14 de agosto de 2023, às 12h48, e atualizada para inserir a cotação do fechamento e o posicionamento da companhia.