Vale (VALE3): A corretora que não recomenda comprar a ação (e os motivos por trás da cautela)
Em relatório publicado nesta semana, o Itaú BBA atualizou algumas projeções para os setores de Mineração e Siderurgia e Papel e Celulose em 2023, incluindo um corte de recomendação de Usiminas (USIM5) por falta de catalisadores até o primeiro semestre do próximo ano.
No documento, a corretora reforçou a recomendação de “market perform” (desempenho esperado em linha com a média do mercado) para a Vale (VALE3), apesar de ter aumentado as estimativas para os preços do minério de ferro a US$ 105 a tonelada.
O BBA também lançou um novo preço-alvo para o ADR (American Depositary Receipt) da mineradora (VALE) de US$ 18.
Os principais fatores por trás da postura cautelosa são: yield de fluxo de caixa limitado e um valuation justo.
Com a ação sendo negociada a 4,1 vezes EV/Ebitda (valor da empresa sobre Ebitda) ajustado para 2023, os múltiplos parecem justos, avaliam Daniel Sasson e equipe de análise de Recursos Naturais.
Além disso, a expectativa é de um limitado yield de fluxo de caixa livre de 9% em 2023, com um dividend yield potencial de 7%, desconsiderando possíveis pagamentos extraordinários e recompras de ações.
“A Vale poderia ser atrativa se os preços do minério de ferro aumentarem para US$ 120-130/tonelada em 2023, mas preferimos ficar de escanteio até observar uma melhora nos dados gerais de aço para a China”, concluem os analistas.
O BBA tem duas top picks no setor: Suzano (SUZB3), que oferece uma relação risco-retorno interessante, e Gerdau (GGBR4), pela resiliência que seu modelo de negócios oferece.