Comprar ou vender?

Vale (VALE) pode desbloquear até 17% em retorno de dividendos, vê Goldman Sachs

03 jul 2024, 19:00 - atualizado em 04 jul 2024, 10:21
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Além disso, os analistas observam rendimento adicional único de 5% como resultado de uma participação de 10% nas vendas no negócio de metais básicos (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)

A Vale (VALE3) poderá desbloquear retorno de dividendos, que inclui recompra de ações, de até 17% após o fim das incertezas sobre o desastre de Mariana, vê o Goldman Sachs. O banco cortou o preço-alvo das ADRs de US$ 16,5 para US$ 16, potencial de 40%, mas manteve a recomendação de compra.

A Vale vem travando uma batalha com a justiça para definir o valor a ser pago nas indenizações. Em junho, a empresa, junto com BHP e Samarco, apresentaram às autoridades nova oferta de acordo indenizatório pelo rompimento em Mariana, estimando um desembolso total de R$ 140 bilhões, mas ainda abaixo do demandado pelo poder público. Do montante total, R$ 37 bilhões já foram empenhados, segundo as companhias.

Além disso, os analistas observam rendimento adicional único de 5% como resultado de uma participação de 10% nas vendas no negócio de metais básicos. “Do ponto de vista de avaliação, vemos o rendimento do FCF (fluxo de caixa livre) da Vale em 12% para 2024 e 10% para 2025, um desconto importante para os pares, de 6% em média”, explica.

Por que Vale é compra para Goldman?

Segundo os analistas Márcio Farid, Gabriel Simões e Henrique Marques, que assinam o relatório, os fatores para não investir podem se tornar os motivos para comprar. Eles citam:

  1. tanto a Vale quanto a BHP indicaram publicamente que são construtivos num acordo final em torno da Samarco no curto prazo;
  2. bom suporte ao custo do minério de ferro combinado com contínuas exportações elevadas de aço e baixo uso de sucata na China poderia suportar o minério de ferro acima dos US$ 100 a tonelada;
  3. que o impulso operacional da Vale deve mostrar recuperação moderada;

No acumulado do ano, os preços das ações da Vale caíram 30% contra 13% e 14% da Rio Tinto e BHP, respectivamente, enquanto os preços do minério de ferro estão com desvalorização de 21%.

Segundo cálculos dos analistas, a Vale negocia a 4,1 vezes o EV/Ebitda (valor de firma sobre resultado operacional) para 2024 e rendimento de fluxo de caixa de 12%, desconto de 31% para as outras mineradoras.

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