Vale (VALE) em queda livre: Ação entra em ‘pane’ e analista da XP vê mais quedas
O ano não começou muito bem para investidores da Vale (VALE3). Em nove pregões, o papel subiu somente uma vez. E mesmo assim, uma elevação tímida, de 0,53%, em 11 de janeiro.
No período, a ação acumula queda de 7%. Tudo isso, claro, está relacionado com a fraqueza do minério de ferro. Nos últimos cinco dias, os contratos de futuros da commodity, negociados na bolsa de Dailan, na China, tombaram 5%. O temor recai, novamente, na fraqueza da economia chinesa.
E se depender dos gráficos, mais quedas deverão vir na próxima semana. Segundo o analista da XP, Gilberto Coelho, VALE3 está em tendência de baixa no curto prazo e abaixo de R$ 71,85 projetaria de R$ 69,88 a R$ 67,92. Tem resistências em R$ 72,91 e R$ 76,83.
Na sexta, o papel fechou a R$ 71,69. Veja abaixo
Vale ainda é uma ação para comprar?
O Itaú BBA atualizou a tese da Vale, cortando por US$ 1 o preço-alvo do ADR (American Depositary Receipt, certificado de ação emitido nos Estados Unidos e com lastro em valores mobiliários de emissão de uma companhia estrangeira), a US$ 18.
O BBA explica que o corte se deve principalmente à incorporação da revisão do guidance de capex da Vale e ao aumento das estimativas de custo de capital, “o que mais do que mitiga a melhora nos resultados operacionais pelo aumento da curva de preços do minério de ferro”.
A recomendação, no entanto, foi mantida em “outperform” (desempenho esperado acima da média do mercado, equivalente a “compra”). A Vale segue como a top pick do banco no setor de mineração e siderurgia da América Latina.
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Vale segue soberana em carteiras reccomendas
Está à procura de uma ação blue chip que também paga bons dividendos? Para analistas, a empresa tem exatamente esse perfil. A mineradora é a principal recomendação das carteiras recomendadas de ações divulgadas para janeiro. Nos portfólios de dividendos, também lidera o ranking, de acordo com levantamento realizado pelo Money Times.
Para o BTG Pactual e o Santander, a Vale está bem posicionada para se beneficiar do mercado de minério de ferro em 2024. O BTG destaca ainda a expectativa pelos resultados do quarto trimestre de 2023, com a companhia provavelmente sendo o destaque dentro da cobertura do setor de mineração e siderurgia.
De acordo com o banco, os resultados podem acelerar mais de 50% em base sequencial, o que deve oferecer suporte às ações no curto prazo.
Com Diana Cheng