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Vale vai usar equipamentos não tripulados para descaracterizar barragens

05 jul 2021, 9:53 - atualizado em 05 jul 2021, 9:53
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Segundo a Vale, as ações aprovadas por órgãos técnicos representam o avanço do Programa de Descaracterização da empresa e o comprometimento com medidas voltadas à segurança das estruturas e das pessoas (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)

A mineradora Vale (VALE3) informou nesta segunda-feira que iniciará a realização de atividades com equipamentos não tripulados para a remoção de rejeitos das barragens B3/B4, da Mina de Mar Azul, em Nova Lima (MG), e Sul Superior, da Mina Gongo Soco, em Barão de Cocais (MG).

Os equipamentos não tripulados serão operados a partir de uma central de controle fora das estruturas para garantir maior segurança na operação, visto que as barragens estão atualmente em nível 3 do Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM), o patamar que apresenta maiores riscos.

Segundo a Vale, as ações aprovadas por órgãos técnicos representam o avanço do Programa de Descaracterização da empresa e o comprometimento com medidas voltadas à segurança das estruturas e das pessoas.

“Ciente de que qualquer intervenção pode representar incrementos de riscos, a empresa já realizou diversas ações preventivas, entre as quais a retirada de todos os moradores das respectivas Zonas de Autossalvamento (ZAS) e a construção de estruturas de contenção a jusante nos dois territórios”, disse a empresa.

Na Sul Superior, a remoção terá início com a coleta de amostras, que tem o objetivo de ampliar o conhecimento sobre as características do material disposto no reservatório, para aprimoramento da segurança e das técnicas que serão usadas durante o processo de descaracterização, além de subsidiar estudos para definir os níveis de controle de vibração.

Também serão abertos canais para melhorar o escoamento de água da estrutura, evitando o acúmulo no reservatório, principalmente durante o período chuvoso, afirmou a Vale.

Na barragem B3/B4, a remoção dos rejeitos será feita concomitantemente com a conclusão da retirada parcial de uma pilha de estéril no local, de onde já foram retirados 350 mil metros cúbicos de material desde novembro de 2020.

A Vale lembrou ainda que estruturas de contenção construídas a jusante das duas barragens estão concluídas e têm capacidade para conter os rejeitos “em um cenário em que haja essa necessidade”.

A estrutura para a barragem Sul Superior possui 36 metros de altura e 330 metros de comprimento. A estrutura para a barragem B3/B4 tem 33 metros de altura e 221 metros de comprimento.

Desde 2019, após o desastre de Brumadinho (MG), cinco estruturas da Vale foram completamente descaracterizadas e reintegradas ao meio ambiente, segundo a companhia.

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A Vale lembrou ainda que estruturas de contenção construídas a jusante das duas barragens estão concluídas e têm capacidade para conter os rejeitos “em um cenário em que haja essa necessidade” (Imagem: Vale/Instagram)

A primeira foi a 8B, na mina de Águas Claras, em Nova Lima, ainda em 2019, seguida por três estruturas no Pará.

A descaracterização do Dique Rio do Peixe, em Itabira, também está concluída, e a próxima a ser completamente descaracterizada será a barragem Fernandinho, também em Nova Lima (MG).

A descaracterização das barragens a montante é uma obrigação legal de todas as mineradoras.

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