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Vale, Usiminas, Gerdau e CSN: Veja estimativas do Bradesco BBI para os resultados

16 abr 2019, 10:58 - atualizado em 16 abr 2019, 10:58
Bradesco BBI avalia setor de mineração e siderurgia no país (Pixabay)

As mineradoras e siderúrgicas do Brasil divulgarão seus resultados operacionais durante as próximas semanas, com expectativa de demanda fraca por produtos derivados do aço e maiores preços do minério de ferro.

Essa é a visão da equipe de análise do Bradesco BBI, no qual os analistas projetam números sobre os resultados de Vale (VALE3), Usiminas (USIM5), Gerdau (GGBR4) e CSN (CSNA3).

Inicialmente, o banco destaca que a Vale deverá apresentar resultado sólido no primeiro trimestre de 2019, “apesar da forte queda nos volumes e maiores custos, em função dos preços mais elevados do minério”.

Por sua vez, a demanda fraca ainda deve impactar negativamente as siderúrgicas. “Usiminas deve ser o destaque negativo no trimestre”, pondera o Bradesco BBI, projetando queda de 29% no Ebitda, para R$ 460 milhões. “CSN deve se beneficiar dos maiores preços do minério”, avalia o Bradesco BBI.

Vale: forte recuo no volume

Em relação a maior mineradora do país, a equipe de análise projeta Ebitda recorrente de US$ 4,3 bilhões – recuo de 4% frente ao trimestre anterior, porém 8% acima da cifra vista entre janeiro e março de 2018.

Os analistas projetam forte recuo no volume, com estimativa de queda de 21% em relação ao quarto trimestre de 2018, para 76 milhões de toneladas, devido aos seguintes fatores: sazonalidade desfavorável, dificultando atividades de produção e carregamento portuário no sistema Norte; recentes paralisações de produção no sistema Sul e Sudeste.

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“O desempenho de custos também deve ser afetado pelos volumes mais baixos, com o custo caixa C1 subindo de US$ 3/tonelada para US$ 16/tonelada”, afirma o banco.

Usiminas: demanda fraca prejudica

Já a Usiminas deverá apresentar “trimestre fraco”, dado o recuo estimado no Ebitda. De acordo com a equipe de análise do Bradesco BBI, existem quatro destaques no resultado:

(i) Volume estável no mercado doméstico em relação ao trimestre anterior, “pela demanda mais fraca do que inicialmente previsto”;

(ii) Preço médio estável em relação ao três últimos meses de 2018;

(iii) Projeção de recuo marginal no custo caixa;

(iv) Destaque positivo para a divisão de mineração, pela alta no minério de ferro.

Gerdau: margens em alta

O banco estima Ebitda de R$ 1,44 bilhão para a Gerdau, 3% de crescimento em relação aos três meses antecedentes. “A divisão de negócios da América do Norte deve ser impactada por volumes mais baixos, uma vez que a Gerdau finalizou a venda de ativos de vergalhões para a CMC em novembro”, ponderam os analistas.

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Por outro lado, as margens devem mostrar expansão de 12% em relação aos 10% vistos no quarto trimestre de 2018, devido ao melhor mix de produtos, segundo o Bradesco BBI.

“No Brasil, as operações devem se beneficiar de remessas ligeiramente maiores e preços, bem como menores custos de sucata no trimestre, traduzindo em margem Ebitda de 17%”, afirma a instituição.

CSN: volumes devem recuar

A equipe de análise projeta Ebitda de R$ 1,6 bilhão para a CSN, alta de 2% no trimestre e 28% na comparação com os três primeiros meses de 2018. “Os volumes de aço devem cair em uma comparação trimestral, enquanto os preços do aço devem permanecer estáveis”, afirma o Bradesco BBI, estimando Ebitda de R$ 500 mlhões para a divisão.

Na mineração, a companhia deverá ser beneficiada pelo aumento de preços do minério de ferro no trimestre, o que compensará o impacto de recuo de 13% nos volumes. O Ebitda projetado para a companhia é de R$ 810 milhões.

Confira abaixo as principais recomendações do Bradesco BBI:

Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
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Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
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