Vale trava disputa judicial com mineradora israelense em Londres, diz Valor
A Vale (VALE3) e o grupo minerador israelense BSGR estão travando uma disputa em um tribunal em Londres, na Inglaterra, por conta de uma indenização de US$ 1,25 bilhão. De acordo com a edição desta sexta-feira do Valor Econômico, a BSGR foi condenada em abril por um tribunal arbitral a pagar a indenização, quando foi considerada culpada de falsidade ideológica, num processo que envolveu um esquema de propinas.
A publicação informa que a mineradora brasileira está tentando executar a decisão, que envolve uma fracassada aliança para exploração de minério de ferro em Guiné, na África. O problema é que a companhia israelense entrou em regime de administração judicial no ano passado, e agora argumenta que não teve tratamento justo Tribunal de Arbitragem Internacional de Londres (LCIA).
De acordo com o jornal, na última quarta-feira, em audiência na Suprema Corte de Londres, a Vale (VALE3) argumentou que para dar continuidade com a contestação, a BSGR deveria fazer um depósito de US$ 500 milhões. Incluindo os juros e outras custas, a indenização pode chegar a US$ 2 bilhões.
A família dos controladores da BSGR foi acusada há algumas semanas por promotores suíços de subornar a esposa de um ex-presidente da Guiné para garantir licenças de mineração lucrativas.
A iniciativa da Vale (VALE3) acontece semanas depois de Steinmetz ter sido acusado por promotores suíços de subornar a esposa de um ex-presidente da Guiné para garantir licenças de mineração lucrativas. Steinmetz nega as acusações.
A publicação destaca que a Vale (VALE3) apresentou o pedido de indenização ao LCIA há vários anos, depois de perder o direito de desenvolver parte do depósito de minério de ferro de Simandou e a concessão Zogota em 2014.