Vale-refeição dura apenas 11 dias no mês, e o culpado não é (só) você
O roteiro é conhecido: o crédito do VR (vale-refeição) chega e a felicidade se instaura. Duas semanas depois, a pergunta que fica é: “Para onde foi aquele dinheiro?”. Será possível chegar à virada do mês sem precisar viver de suco de caixinha e bolacha de água e sal?
Se serve de consolo, a explicação para esse ciclo vicioso está além de um controle de finanças pessoais questionável: a inflação de serviços e dos alimentos.
Uma pesquisa liberada pela Sodexo Benefícios e Incentivos revela um dado bastante familiar: em 2023, dos 22 dias úteis calculados para o uso do benefício, o VR consegue “bancar” apenas 11. Esse número é menos do que os 13 dias custeados em 2022, e até uma semana a menos do que era possível no período da pré-pandemia.
O levantamento mostra que empresas de todos os tamanhos aumentaram o valor do VR neste ano. Mesmo assim, o ajuste não está conseguindo acompanhar o aumento do custo médio das refeições fora de casa.
Em outro estudo, este feito pela Ticket Restaurante revelou que, entre 2021 e 2022, o custo para comer no restaurante cresceu quase 50%.