Vale recua com queda do minério de ferro e temor de guerra comercial

Investing.com – A tensão instalada nos mercados internacionais de uma guerra comercial derrubou a cotação do minério de ferro e prejudica as ações das empresas brasileiras ligadas ao setor, como é o caso da Vale e das siderúrgicas. Com isso, os investidores praticamente não sentem o efeito da decisão americana de suspender a tarifa de importação do aço e do alumínio brasileiro.

A Vale é a principal afetada com a desvalorização do minério. As ações da companhia (SA:VALE3) recuam 1,76% a R$ 41,16, enquanto as da Bradespar (SA:BRAP4) caem 2,41% a R$ 30,84. Entre as siderúrgicas, Usiminas (SA:USIM5) cai 1,35% a R$ 10,94, enquanto Gerdau (SA:GGBR4) perde 0,78% a R$ 15,24 e CSN (SA:CSNA3) segue caminho oposto avançando 0,46% a R$ 8,74.

Os contratos futuros do minério de ferro registraram nesta sexta-feira expressiva queda de 6,41%, encerrando assim o dia a 438 iuanes por tonelada, no caso dos papéis com vencimento em maio e transacionados na bolsa da Dalian. Com isso, a commodity registra o menor valor desde outubro do ano passado e iguala a pior queda diária desde novembro de 2016.

Ontem, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um memorando presidencial que pode impor tarifas de até 60 bilhões de dólares sobre importações da China, embora sua ação tenha ficado longe das ameaças que poderia ter dado início a uma guerra comercial.

Segundo os termos do memorando, Trump visará as importações chinesas apenas após um período de consultas, medida que dará a lobistas da indústria e legisladores chance de diluir a lista proposta de 1,3 mil produtos.

Do outro lado, a China pressiona os EUA a “retroceder” uma vez que os planos do presidente norte-americano, Donald Trump, de adotar tarifas de até 60 bilhões de dólares sobre bens chineses deixaram as duas maiores economias do mundo mais perto de uma guerra comercial. O aumento das tensões provocou tremores nos mercados financeiros, com os investidores prevendo desastrosas consequências para a economia global se barreiras comerciais começarem a ser levantadas.

Com Reuters.

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