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Vale: novo acordo de acionistas pode melhorar governança e impulsionar ações em 30%

18 jan 2017, 15:54 - atualizado em 05 nov 2017, 14:08

Os acionistas da Vale estão debatendo um novo acordo que poderia unificar as classes de ações atuais (VALE3 e VALE5) e, com isso, também melhorar a governança corporativa da empresa. Segundo uma notícia publicada no Valor, a ideia é que o novo acordo tenha a duração de seis anos. O atual tem 20 anos e foi criado na privatização da companhia.

“A modificação mais radical que poderia vir no novo acordo seria a unificação das classes de ações, com a extinção das preferenciais. Nesta estrutura, os atuais controladores perdem a maioria do capital, mas seriam asseguradas medidas protetivas (poison pills), dificultando que um investidor fora do atual bloco de controle possa assumir o comando da empresa”, avalia a Planner em um relatório.

O BTG Pactual disse em um email enviado a clientes que a “potencial melhora na governança seria positivo e poderia levar a um re-rating dos múltiplos da Cia para perto de seus peers”. Em um cálculo comparativo com a Rio Tinto e BHP, que operam a um nível de 7 a 7,5 vezes o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) esperado para 2017, e a Vale a 6 vezes, uma normalização poderia resultar em uma alta de 30%.

“Por outro lado, esse tipo de discussão é muito complexo e não deve ser resolvido no curto prazo”, pondera o banco. O BTG segue com a recomendação neutra. A Planner indica a posição vendida nos papéis.