Vale nega risco de rompimento iminente da barragem Xingu, em Mariana
A Vale (VALE3) negou que haja risco iminente de rompimento da barragem Xingu, que integra a mina Alegria, no município mineiro de Mariana, em Minas Gerais. Em um breve comunicado, a companhia informou que “não houve alteração nas condições ou nível de segurança” do local.
A mineradora acrescentou que a região que poderia ser afetada pelo rompimento da barragem continua evacuada, e o acesso de trabalhadores ao local foi restringido ao mínimo indispensável.
A manifestação é uma resposta à nota divulgada ontem (9) pela Superintendência Regional do Trabalho de Minas Gerais. O órgão, que é responsável pela interdição do local, afirma que a barragem Xingu corre “grave e iminente risco de ruptura por liquefação”.
Passado assombra
A barragem, interditada desde março de 2020 pela Agência Nacional de Mineração (ANM), não recebe rejeitos de minério de ferro há mais de 20 anos, mas alguns trabalhadores ainda executam atividades no local, o que motivou a ação dos fiscais trabalhistas.
O tema é ainda mais sensível, quando se lembra que, em novembro de 2015, Mariana viveu a tragédia do rompimento da barragem do Fundão, operada pela Samarco, cujo controle é compartilhado entre a Vale e a anglo-australiana BHP Billiton. O episódio deixou 19 mortos e cerca de 500 famílias desalojadas, além de grandes impactos ambientais.
Veja o comunicado da Vale.