Vale não vê cisão de unidade de metais básicos no curto prazo
O presidente-executivo da mineradora Vale (VALE3) disse nesta quinta-feira que a empresa não está olhando para um “spin-off” (cisão) no curto prazo da unidade de metais básicos, e a empresa disse mais tarde que a unidade precisa ser “transformada” antes que o plano de longa data possa ser executado.
“Ainda não estamos falando de uma cisão. O problema aqui é o tamanho do negócio”, disse Eduardo Bartolomeo, CEO da Vale durante o Financial Times ‘Mining Summit.
Bartolomeo disse que parte do problema é o valor do negócio, afirmando que ele gera 3,5 bilhões de dólares em receita por ano, o que colocaria o valor de venda em “mais ou menos 25 bilhões de dólares”.
Para chegar a uma cisão, “o negócio ainda precisa ser ajustado e transformado, passando por um remodelamento interno, incluindo o crescimento do cobre no Brasil e melhorias em Sudbury (Canadá)”, disse a Vale em comunicado após o evento.
A Vale, uma das maiores produtoras de minério de ferro do mundo, ainda enfrenta as consequências do rompimento de uma barragem em 2019, que matou 270 pessoas na cidade de Brumadinho.
Além das vidas perdidas, os danos ambientais, multas e processos judiciais complicados que visaram seus principais executivos, o incidente também diminuiu o valor da empresa.
“Somos vistos como uma ação arriscada”, disse Bartolomeo, acrescentando, entretanto, que “a Vale fez o dever de casa, agora não é uma empresa de risco”.