Vale: fim do acordo para venda da VNC é ruim a curto prazo
A Vale (VALE3) informou na última segunda-feira (8) que não conseguiu entrar em acordo com a New Century Resources(NCZ) para a venda de 95% de sua subsidiária VNC, que atua em uma mina de níquel na Nova Caledônia, território francês na Oceania.
Segundo a Ágora, a notícia é um tanto negativa para a companhia, já que a venda do ativo parecia estar próxima.
“Acreditamos que a venda da VNC seria um passo estratégico positivo para a Vale, já que tem sido um ativo de baixo desempenho, com Ebitda negativo contínuo ao longo dos anos”, afirmaram os analistas Thiago Lofiego e José Cataldo, que assinam o relatório.
A Guide também vê o fim do acordo como negativo para a mineradora.
“A Vale agora deverá iniciar etapas necessárias para preparar a VNC para um possível fechamento da operação”, diz o analista Luis Sales.
Fim das operações
Com o fim do acordo, a empresa deve iniciar as etapas necessárias para colocar a VNC em “care and maintenance” – cuidado e manutenção – em preparação para um possível fechamento da operação.
A XP vê o encerramento da mina como positiva, “na medida em que reduz exposição à ativos menos rentáveis”, afirma.
A Ágora acrescenta ser bom que a Vale comece a preparar o ativo para um potencial desligamento ou retorno total ao Governo francês, caso uma solução de curto prazo não seja alcançada.
Para a corretora, isso mostra que a administração está comprometida com a alocação eficiente de capital e aderente à estratégia de saída.
“Dada a robusta geração de FCF (Fluxo de Caixa Livre) da Vale, acreditamos que a empresa pode certamente acomodar o investimento necessário para desinvestir (ou encerrar) a VNC”, observa.