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Vale e siderúrgicas tem ganhos em dia de valorização do minério de ferro

14 jan 2020, 15:00 - atualizado em 14 jan 2020, 15:00
Minério de Ferro Mineração Commodities
A jornada desta terça-feira foi marcada por importante avanço nas cotações dos contratos futuros do minério de ferro, que são negociados na bolsa de mercadorias da cidade de Dalian, na China (Imagem: Unsplash/@dominik_photography)

As ações da Vale (VALE3) e das principais siderúrgicas brasileiras operam com valorização na tarde desta terça-feira na bolsa paulista. A valorização do minério de ferro diante do otimismo com a demanda do produto, principalmente com a proximidade do acordo comercial entre Estados Unidos e China contribuem com o movimento.

Por volta das 14h50, a Vale apresentava alta de 1,43% a R$ 56,09, com Usiminas (USIM5) somando 0,21% a R$ 9,56, CSN (CSNA3) 1,46% a R$ 15,29 e os da Gerdau (GGBR4) -0,22% a R$ 18,56. No caso da Bradespar (BRAP4), os ganhos eram de 0,78% a R$ 40,21.

A jornada desta terça-feira foi marcada por importante avanço nas cotações dos contratos futuros do minério de ferro, que são negociados na bolsa de mercadorias da cidade de Dalian, na China.

O ativo com o maior volume de operações, com data de vencimento para maio deste ano, teve valorização de 2,13% a 671,50 iuanes por tonelada, o que representa um avanço de 14 iuanes em relação aos 657,50 iuanes por tonelada de liquidação da véspera.

No mesmo sentido, o segundo dia da semana também teve ganhos para os preços dos papéis futuros do vergalhão de aço, transacionados na também chinesa bolsa de mercadorias de Xangai. O contrato de maior liquidez, com entrega para maio de 2020, somou 21 iuanes para 3.570 iuanes por tonelada, enquanto que o de janeiro, o mais curto, avançou 88 iuanes para 3.925 iuanes por tonelada.

Demanda chinesa

As importações de minério de ferro da China aumentaram 0,47% em 2019, ficando abaixo do pico anual histórico, impulsionadas pela forte demanda nas siderúrgicas e pela recuperação no segundo semestre embarques de grandes mineradoras após interrupções no início do ano.

O principal produtor de aço do mundo trouxe 1,069 bilhão de toneladas de minério de ferro em 2019, passando de 1,064 bilhão de toneladas no ano anterior, mostraram dados da Administração Geral das Alfândegas na terça-feira. O recorde permanece em 1,075 bilhão de toneladas em 2017.

Em dezembro, as compras da commoditie subiram 11,8% em relação ao mês anterior, para 101,3 milhões de toneladas, segundo os dados – o maior nível mensal de importação em 27 meses.

A iniciativa de Pequim de reforçar os projetos de estímulo para evitar uma desaceleração econômica mais acentuada levou a uma demanda robusta de um mercado imobiliário resiliente e do setor de infraestrutura, ajudando a impulsionar as importações de minério de ferro.