Mercados

Vale e siderúrgicas avançam com valorização do minério de ferro

25 nov 2019, 15:25 - atualizado em 25 nov 2019, 15:27
Vale
As ações da Vale operam em alta nesta segunda-feira (Imagem: REUTERS/Denis Balibouse)

Por Investing.com 

Na parte da tarde desta segunda-feira na bolsa paulista, as ações da Vale e das principais siderúrgicas brasileiras operam com forte valorização, em um cenário de alta nos preços do minério de ferro, puxada pelo otimismo dos investidores com um acordo comercial entre Estados Unidos e China.

Com isso, por volta das 15h13, os papéis da Vale (VALE3) tinham ganhos de 2,04%, enquanto que os da Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3) somavam 5,00%, e os da Usiminas (USIM5) 3,42%. No caso da Gerdau (GGBR4), a valorização é de 2,70%.

A última semana do mês de novembro começou com forte valorização dos contratos futuros do minério de ferro, que são transacionados na bolsa de mercadorias da cidade chinesa de Dalian.

O ativo com o maior volume de negócios, com data de vencimento para janeiro do próximo ano, teve ganhos de 3,34% a 665,50 iuanes por tonelada, o que representa um avanço de 21,50 iuanes em relação ao valor de liquidação de sexta-feira, que foi de 644,00 iuanes/t.

No mesmo sentido, o dia também foi positivo para os preços dos papéis futuros do vergalhão de aço, que são negociados na bolsa de mercadorias de Xangai, também na China. O contrato de maior liquidez, com entrega para janeiro de 2020, somou 55 iuanes para 3.697 iuanes por tonelada. Já o segundo em volume, de maio do mesmo ano, ganhou 28 iuanes para 3.417 iuanes para cada tonelada do produto.

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Gerdau

A siderúrgica Gerdau confirmou à Reuters na última sexta-feira que está anunciando aumentos de preço de 8% a 12% para os produtos de aço longo no Brasil a partir de janeiro.

Analistas do Credit Suisse e do BTG Pactual divulgaram relatórios informando que a companhia estava anunciando tais reajustes.

Gerdau confirmou na última sexta-feira que está anunciando aumentos de preço de 8% a 12% para os produtos de aço longo no Brasil a partir de janeiro (Imagem: Facebook Gerdau oficial)

O analista Caio Ribeiro, do Credit Suisse, chamou a atenção para o fato de que este reajuste vem após anúncio de alta de 7% nos preços para setembro, a qual a Gerdau conseguiu implementar perto de 3% com base em indicações de distribuidores de aço.

Ele calcula que, para cada aumento de 1% nos preços no Brasil, o Ebitda da Gerdau seria impactado positivamente em 2,3% em relação à previsão do cenário base do Credit Suisse 6,35 bilhões de reais para 2020.

“Nosso entendimento é de que esta é uma alta generalizada para todos os clientes, o que consideramos tranquilizador”, escreveram os analistas Leonardo Correa e Caio Greiner, do BTG Pactual, em relatório a clientes.