Vale e Bradespar sobem 2% com dados melhores da China após trégua da guerra comercial
No começo da tarde desta sexta-feira na bolsa paulista, as ações da Vale (VALE3) operam com valorização, com dados da economia chinesa sugerindo a maior demanda de minério de ferro, o que puxa a cotação da commodity. As siderúrgicas não seguem o movimento, e registram ganhos moderados.
Por volta das 14 horas, os ativos da mineradora somavam 2,23% a R$ 56,40, com os da Bradespar (BRAP4) avançando 2,24% a R$ 41,14. No caso da CSN (CSNA3), estável a R$ 14,77, assim como Usiminas (USIM5) a R$ 9,69 e Gerdau (GGBR4) somando 0,56% a R$ 21,44.
A jornada desta sexta-feira teve como característica a moderada valorização na cotação dos contratos futuros do minério de ferro, negociados na bolsa de mercadorias da cidade chinesa de Dalian.
O ativo com o maior volume de operações, com data de vencimento para maio deste ano, encerrou com alta de 0,83% a 669,50 iuanes por tonelada, o que representa ganhos de 5,50 iuanes em relação aos 664,00 iuanes/t de liquidação da véspera.
No mesmo sentido, a sessão também teve como marca os ganhos dos preços dos papéis futuros do vergalhão de aço, transacionados na também chinesa bolsa de mercadorias de Xangai. O contrato com mais liquidez, com entrega para maio de 2020, somou 37 iuanes para 3.595 iuanes por tonelada. O de janeiro, o mais curto, avançou 9 iuanes para 3.691 iuanes por tonelada.
Produção de Aço
A produção de aço bruto na China subiu para um recorde de 1 bilhão de toneladas em 2019, impulsionada por um mercado imobiliário resiliente e uma demanda robusta, à medida que Pequim aumentou os gastos com infraestrutura em uma tentativa de enfrentar uma desaceleração do crescimento econômico.
O maior país siderúrgico do mundo produziu 996,34 milhões de toneladas de aço bruto em 2019, um aumento de 8,3% em relação ao recorde anterior de 2018, mostraram dados do agência nacional de estatísticas nesta sexta-feira.
PIB
O crescimento econômico da China desacelerou para o nível mais fraco em quase 30 anos em 2019 em meio à guerra comercial com os Estados Unidos, e mais estímulo é esperado este ano conforme Pequim tenta ampliar o investimento e a demanda.
Mas dados divulgados nesta sexta-feira também mostraram que a segunda maior economia do mundo terminou o ano um pouco mais firme depois que a trégua comercial reanimou a confiança empresarial e medidas para o crescimento parecem finalmente ter começado a fazer efeito.
Como esperado, o crescimento da China desacelerou a 6,1% no ano passado, de 6,6% em 2018, mostraram dados da Agência Nacional de Estatísticas
Estímulos
O país informou continuará cortando impostos em larga escala este ano e vai se abrir em educação, tecnologia e outros setores, informou a televisão estatal nesta sexta-feira, citando o primeiro-ministro Li Keqiang. A China tem a confiança e a capacidade para lidar com riscos e desafios e manter sua operação econômica dentro de um intervalo razoável em 2020, disse Li.
Iuan
A China melhorará seu regime do iuan e tornará a moeda mais flexível, disse uma porta-voz do órgão regulador de câmbio do país nesta sexta-feira. A conta corrente deve manter um pequeno superávit este ano e o mercado de câmbio permanecerá estável e equilibrado em geral, disse Wang Chunying em entrevista coletiva em Pequim.