Vale é a ação favorita de 75% do mercado em agosto, mas 4 ações estreiam na lista das 10 mais indicadas
A Vale (VALE3) definitivamente consolidou-se como a ação mais recomendada pelos analistas. A mineradora aparece em nada menos que 21 carteiras recomendadas para agosto. Isso significa que o papel está em praticamente 75% das 29 carteiras consultadas pelo Money Times neste mês.
Mas nem só de Vale vive o mercado. A comparação com julho mostra quatro novidades na lista das dez ações mais recomendadas em carteiras mensais. Duas mudanças parecem mais táticas que estratégicas.
O Bradesco (BBDC4), que havia recebido 8 recomendações no mês passado, cedeu seu lugar nas top ten para o Itaú Unibanco (ITUB4), que aparece agora com dez citações. Na mesma linha, a Lojas Renner (LREN3) desbancou o Magazine Luiza (MGLU3) como a ação favorita do setor de varejo.
Outras duas novidades no grupo das top ten, contudo, indicam uma mudança mais profunda na percepção dos analistas em relação ao cenário econômico e de investimentos. São a JBS (JBSS3) e a Weg (WEGE3). Em comum, ambas possuem uma boa exposição ao mercado externo e, portanto, ao dólar.
Empresa | Código | Indicações |
---|---|---|
Vale | VALE3 | 21 |
BTG Pactual | BPAC11 | 12 |
B3 | B3SA3 | 11 |
Itaú Unibanco | ITUB4 | 10 |
Petrobras | PETR4 | 10 |
Lojas Renner | LREN3 | 9 |
JBS | JBSS3 | 8 |
Rede D’or | RDOR3 | 8 |
Multiplan | MULT3 | 7 |
Weg | WEGE3 | 7 |
Total | 103 |
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A Benndorf é uma das casas que incluiu a JBS nas recomendações de agosto. “Nos atuais níveis de câmbio, que beneficiam as receitas em dólares, vemos JBS sendo negociada a um valuation bastante atrativo de cerca de 4,4x EV/EBITDA”, afirma Victor Benndorf, seu estrategista-chefe e fundador.
“No lado mais macro, buscamos maior exposição de receita internacional em função do tripé macro de consumo local (juros normalizando, inflação descontrolada e desemprego nas máximas) enquanto também elevamos nosso hedge de dólar contra o cenário político disfuncional rumo 2022”, acrescenta.
Papel defensivo
O BTG Pactual é uma das instituições que já recomendam a Weg (WEG3) há algum tempo. O papel foi mantido em sua carteira para agosto. O primeiro motivo é que a ação acumula uma queda de 23% em relação ao seu pico, em janeiro.
“Esta recente correção da ação está levando as ações da Weg a retomar níveis de valuation mais razoáveis, o que nos deixa entusiasmados com o nome”, afirmam Carlos Sequeira, Osni Carfi, Bruno Lima e Luiz Temporini, que assinam as recomendações do banco.
A segunda razão são os resultados “impressionantes” do segundo trimestre, divulgados recentemente. “A Weg continua a se beneficiar da recuperação de equipamentos de ciclo curto em meio à recuperação gradual da atividade e à resiliência do ciclo longo”, explicam os analistas.
O quarteto acrescenta que, “em uma abordagem estratégica, a Weg traz defensividade ao portfólio em caso de agravamento da crise hídrica, ao destacar a importância de diversificar a matriz energética do Brasil para outras fontes, como as fontes eólica e solar.”
Participaram do levantamento: Ágora, Ativa, BB Investimentos, Benndorf, BTG Pactual, CM Capital, Easynvest, Eleven, Elite, Empiricus, Genial, Guide, Inter Research, Inversa, InvestMind, Itaú BBA, Mirae, MyCap, ModalMais, Necton, Nova Futura, Planner, Banco Safra, Santander, Terra, Singulare, Toro, XP Investimentos e Warren.
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