Mercados

Vale deve seguir alta do ADR e do minério de ferro no exterior, atenta a estímulos na China

13 set 2022, 8:32 - atualizado em 13 set 2022, 8:32
Vale
Vale deve ter dia positivo na B3, diante do avanço dos recibos de ações (ADRs) em Nova York e também do minério de ferro, enquanto monitora China (Imagem: Reuters/Washington Alves)

A sinalização do dia para a Vale é positiva. É o que se pode dizer considerando-se o desempenho favorável dos recibos de ações (ADRs) da mineradora negociados no pré-mercado em Nova York e também do avanço nos preços do minério de ferro no exterior.

O mercado financeiro também segue na expectativa por novos estímulos vindos da China. Essa aposta fez a Vale ampliar os ganhos ontem (+0,86%, a R$ 70,15), mesmo depois de saltar quase 8% no pregão anterior, na última sexta-feira.

CSN Mineração ON também registrou valorização de 0,80%. Entre os papéis das siderúrgicas, Usiminas PNA ganhou 1,67% e CSN ON teve +0,78%. Já Gerdau PN e Metalúrgica Gerdau PN foram mais devagar, com +0,29% e +0,10%, respectivamente.

Para o CIO da TAG Investimentos, Dan Kawa, o quadro técnico de mercado pouco alocado em risco sustenta o rali dos ativos. “Além desse quadro técnico, o avanço da Ucrânia na batalha contra a Rússia e as recentes medidas de suporte ao mercado imobiliário na China são vetores que podem estar ajudando o humor de curto prazo”, diz, em comentário matinal.

Contudo, ele avalia novos bloqueios (lockdowns) na China, em meio a uma nova onda de caso de covid-19, devem dificultar uma recuperação sustentável do crescimento econômico do país. Além disso, persistem os cortes de energia em algumas províncias chinesas.

China em uma encruzilhada

Com isso, a equipe do ING observa que o recente enfraquecimento do yuan chinês (renminbi) reduz as chances de novos estímulos por parte do Banco Central local (PBOC, na sigla em inglês). Por isso, o PBoC optou por manter a taxa de empréstimo de um ano (MLF, na sigla em inglês) hoje em 2,75%.

“A economia da China precisa de mais estímulos, mas a margem de manobra de Pequim é limitada”, resume a economista-chefe para Ásia-Pacífico do Natixis, Alícia Garcia Herrero.
Para ela, o PBoC terá dificuldades em reduzir as taxas de juros, dadas as preocupações com a saúde financeira. “Empurrar as taxas muito para baixo pode ter vários efeitos contrários”, ressalta.

Além disso, o diferencial de rendimento entre a taxa de juros na China e nos Estados Unidos também atrapalha a adoção de novos estímulos. “Os formuladores de políticas da China precisariam mudar repentinamente para alterar esse curso, com afrouxamento em setores-chave”, pondera a economista do banco francês.

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