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Vale desaba 7,6% após UBS e Morgan Stanley cortarem o preço-alvo da ação

03 nov 2021, 18:03 - atualizado em 03 nov 2021, 18:03
Vale
UBS, Morgan Stanley e Bofa são cautelosos com a ação (Imagem: REUTERS/Washington Alves)

As ações da Vale (VALE3) desabaram 7,6%, cotadas a R$ 66,83, nesta quarta-feira (03).

A baixa veio após o UBS cortar o preço-alvo da ADR da mineradora na véspera de 15 para 11 dólares. O Morgan Stanley foi no mesmo caminho e reduziu seu preço-alvo de 18 para 16 dólares.

Com isso, as ações da Vale recuaram, na véspera, cerca de 4,4% em Nova York. O pessimismo com o ativo no mercado internacional refletiu no Brasil hoje, causando uma queda generalizada para os ativos.

Uma armadilha para o investidor

Na semana passada, o Bank of America (BofA) foi cauteloso e manteve a recomendação neutra para os papéis, com preço-alvo de US$ 19 para as ADRs (American Depositary Receipts) da mineradora negociados na Bolsa de Nova York. O motivo da desconfiança é a China, maior cliente da Vale.

A equipe de research do BofA observa que, mesmo que a economia chinesa salte no quarto trimestre, não se descarta a possibilidade de uma desaceleração no curto prazo. Some-se a isso, a política mais restritiva imposta à indústria siderúrgica local, e o cenário para a Vale fica mais nebuloso.

“Uma ação visualmente barata com queda nos lucros pode ser uma armadilha de valor, pelo menos até que os cortes de expectativas terminem”, afirma o banco.