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Vale: Credit Suisse enxerga normalização das operações e avalia ação como barata

19 ago 2019, 10:12 - atualizado em 19 ago 2019, 10:12
Vale
Analistas listam recomendação outperform para ações (Imagem: Reuters/Ricardo Moraes)

Modo de normalização ativo”. A afirmação intitula relatório do Credit Suisse sobre a Vale (VALE3), no qual os analistas Caio Ribeiro e Rafael Cunha avaliam a recente queda elevada do minério de ferro e atualizam as estimativas para a mineradora.

Para o Credit Suisse, “a recente baixa nos preços do minério de ferro é guiada mais por uma piora da confiança dos investidores do que em resposta à deterioração dos fundamentos”.

Neste contexto, os analistas ponderam que os investidores e as siderúrgicas na China agiram diante de temores sobre desvalorização do yuan, provocando a baixa recente do minério.

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US$ 85,00

Por outro lado, com a normalização das plantas de Brucutu e Vargem Grande nos próximos meses, o Credit Suisse projeta que o preço do minério de ferro deverá se situar perto da média de US$ 85,00 por tonelada em 2020.

“Acreditamos em um call de normalização para a Vale”, ponderam os analistas, ao listarem recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) para os ADRs, com preço-alvo de US$ 18,00 – upside (potencial de valorização) de 65,4% em relação ao último fechamento. No cenário mais otimista, o preço-alvo dos ADRs é de US$ 28,00 – upside de 157%.

Desconto

Adicionalmente, o Credit Suisse pondera que a ação da Vale é negociada com múltiplos EV/Ebitda (valor de mercado sobre geração operacional de caixa) de 3,4 vezes – contra relações de 6 vezes na média histórica e de 5 vezes para as concorrentes australianas.

Por fim, os riscos a tese de investimento são os seguintes: menores preços no níquel, no cobre e no minério de ferro em relação às projeções; multas e legislações relacionadas a Brumadinho e valorização do real.