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Vale crava recorde de lucro na América Latina, e rentabilidade de brasileiras cresce

04 dez 2020, 13:17 - atualizado em 04 dez 2020, 13:17
Vale
Gigante: Vale é destaque entre empresas latino-americanas no terceiro trimestre (Imagem: Vale/Instagram)

A consultoria de informações financeiras Economática constatou duas boas notícias para as empresas brasileiras de capital aberto no terceiro trimestre. A primeira: a Vale (VALE3) cravou o novo recorde de lucro líquido nominal da América Latina.

Os R$ 15,6 bilhões (equivalentes a US$ 2,8 bilhões) são o maior resultado já registrado por uma companhia latino-americana para um terceiro trimestre em termos nominais.

Quando se consideram apenas as empresas brasileiras, a Vale responde por cinco dos dez maiores lucros já registrados no terceiro trimestre. A empresa ocupa as posições 1ª, 2ª, 5ª, 9ª e 10ª. Só a Petrobras (PETR3; PETR4) chega perto, com três dos dez maiores lucros.

Copo meio cheio

A segunda boa notícia do levantamento da Economática é que, apesar da crise, a maioria dos setores apresentou melhora na lucratividade, quando comparados ao terceiro trimestre de 2019. Dos 26 setores listados na B3 (B3SA3), 15 lucraram mais entre julho e setembro, na comparação com um ano antes.

Quando se excluem os setores de petróleo e gás e de mineração, extremamente influenciados pela Petrobras e pela Vale, o setor de alimentos e bebidas foi o que apresentou maior incremento de ganhos, R$ 3,7 bilhões, passando de um lucro de R$ 3,4 bilhões para R$ 7,1 bilhões na comparação anual.

Em seguida, vêm siderurgia e metalurgia, que protagonizaram uma virada, evoluindo de um prejuízo de R$ 592 milhões para lucro de R$ 2,01 bilhões no período. Com isso, o incremento de rentabilidade foi de R$ 2,6 bilhões.

Na outra ponta, os bancos reportaram a maior queda de lucro (R$ 4 bilhões), recuando de R$ 21,6 bilhões para R$ 17,6 bilhões. Transportes e serviços vêm em segundo, com uma piora de R$ 2,5 bilhões. Esse setor, que já havia perdido R$ 115 milhões no terceiro trimestre de 2019, agora amargou prejuízo de R$ 2,6 bilhões.

Veja a variação de lucros das empresas brasileiras, segundo a Economática.

(Imagem: Economática)