Vale ainda é muito atrativa na Bolsa, avalia Citi

Apesar de o minério de ferro estar em um nível considerado como topo, perto dos US$ 90 a tonelada, e do risco de uma correção a partir deste patamar, as ações da Vale ainda parecem “muito atrativas”, argumenta o analista Alexander Hacking do Citi em um relatório enviado a clientes nesta quarta-feira (8).

Veja outras recomendações de ações

“O time global de commodities do Citi espera que os preços corrijam para baixo com a continuidade do aumento na oferta (doméstica na China e transportada por navio). Ainda, apesar do risco, mantemos nossa visão otimista para Vale”, ressalta Hacking, que tem recomendação de compra e preço-alvo de R$ 49,34 para VALE5.

O Citi cita três principais pontos para a recomendação:

1 – A mineradora tem um retorno de fluxo de caixa livre por ação de 10% com o minério de fero negociado a US$ 55. Este nível, considera o Citi, é atrativo quando se assume uma alocação de capital favorável.

2 – O Citi argumenta que, gerando 7% de seu valor de mercado em fluxo de caixa a cada três meses, a Vale poderia suportar dividendos de US$ 5 bilhões em 2017 (10% de retorno) se os preços do minério de ferro ficarem acima do esperado no segundo semestre.

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“O valor dos fluxos de caixas intermediários e/ou os subsequentes aumentos de preços não estão nos preços das ações, em nossa opinião (estão avaliados a próximo de zero)”, explica o analista.

3 – Por fim, o Citi ressalta que a administração continuará a focar em redução de alavancagem e em dividendos, “com baixo risco de gastos extravagantes, em nossa opinião”.

Riscos

O principal risco para todo esse otimismo é a queda do preço do minério de ferro e uma maneira mais acelerada do que o esperado, uma valorização demasiada do real (impacto nos custos) e uma mudança na direção estratégica da Vale com o novo CEO. Este último, reforça o banco, é improvável.