Vale a pena investir em Banco do Brasil (BBAS3)? Ação está descontada e pode saltar 50%
O Safra elevou o preço-alvo do Banco do Brasil (BBAS3) para R$ 50 — o que implica uma potencial alta de cerca de 50%, com base no último fechamento (14) –, reiterando sua recomendação de compra para as ações.
O banco acredita que o BB vem apresentando forte crescimento de crédito — especialmente no crédito rural e alguns segmentos para pessoas físicas –, boa qualidade da carteira e está pronto para apresentar números fortes para 2022.
De acordo com as projeções do Safra, no segmento rural, os volumes devem seguir com forte desempenho, e o fato de a maioria das linhas de crédito ter garantias deve evitar forte deterioração nessa linha, mesmo considerando a recente quebra de safra na região Sul.
O banco ainda reitera que os resultados das operações de tesouraria também podem melhorar em 2022. “Perspectiva para tarifas é positiva, refletindo menor pressão da conta corrente e boa volume de transações em cartões de crédito e seguros”, afirmam os analistas.
Diante deste cenário, o Safra acredita que o banco está sendo negociado em grande desconto em relação aos seus pares. Atualmente, o BB é negociado a 4,2x P/L (preço sobre lucro) 2022 contra a média dos pares brasileiros de 7,2x.
Vale a pena investir em Banco do Brasil?
Os analistas do Safra elencaram seis motivos que sustentam o investimento em Banco do Brasil:
- Foco na lucratividade tem reduzido distância para bancos privados;
- Melhora no controle de custos;
- Forte presença no agronegócio;
- Baixos níveis de inadimplência e expansão de crédito mais prudente;
- Ampla presença no Brasil;
- Parcerias para alavancar escala e reunir conhecimentos.
Riscos de BBAS3
Apesar dos benefícios de investir no banco, o Safra alerta sobre oito pontos de atenção quanto ao investimento:
- Frente política: a eleição de 2022 pode trazer incertezas sobre eventuais mudanças na alta administração;
- Risco macroeconômico: possível desaceleração da atividade ou aumento da percepção de risco-país;
- Aumento do índice de inadimplência acima do esperado;
- Concorrência mais acirrada de outros bancos;
- Possíveis impactos de uma reforma tributária (a exemplo do imposto de renda sobre pagamentos de dividendos);
- Mudanças regulatórias (por exemplo, open banking, novos recursos de pix);
- Disrupção tecnológica; e
- Frente geopolítica: dado que o recente conflito no Leste Europeu pode impactar o agronegócio brasileiro.
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