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Vale: 4 pontos para prestar atenção no balanço (e não são os números ruins)

27 abr 2020, 21:01 - atualizado em 27 abr 2020, 21:01
Vale
Pra frente é que se anda: para o Banco Safra, as dicas mais preciosas são sobre o futuro da Vale (Imagem: Vale/Janaina Duarte)

A Vale (VALE3) divulgará os resultados do primeiro trimestre nesta terça-feira (28), após o fechamento do mercado. A esta altura, você já sabe do básico – até porque, a mineradora já divulgou que suas vendas físicas caíram 18%, em relação ao ano passado.

O desempenho levou, inclusive, à redução do guidance deste ano. Por isso, o melhor, agora, é olhar para a frente, e ficar atento àquilo que a empresa dirá sobre os próximos meses.

A opinião é do Banco Safra, em relatório assinado por Conrado Vegner e Victor Chen. Segundo os analistas, o primeiro trimestre já está dado.

A Vale foi prejudicada pelas chuvas mais intensas em suas áreas de produção, paradas não programadas de manutenção e, claro, a paralisação das atividades na China e no mundo, devido ao coronavírus.

Por isso, a dupla frisa que os investidores devem prestar atenção em quatro pontos. O primeiro é como anda a demanda da China, epicentro da pandemia e que vem, nos últimos dias, retornando às atividades.

O segundo é a demanda em outros países, uma vez que muitos adotaram medidas de isolamento social apenas no fim de março (logo, com pouca influência nos números do primeiro trimestre).

O terceiro item é como está o acordo com as vítimas da tragédia de Brumadinho (MG), dado que a empresa busca um acordo coletivo para encerrar os processos que correm na Justiça.

Check list

Por fim, o Safra afirma que é bom verificar indicações sobre a cotação do minério de ferro e das pelotas (produto de maior valor agregado). O banco estima que a alta percebida pela empresa seja de apenas 1% no período, para US$ 84,3 por tonelada.

De qualquer modo, para verificar se algum grande imprevisto aconteceu no balanço da Vale, o Safra fornece algumas de suas expectativas do primeiro trimestre: receita líquida de US$ 7,1 bilhões (queda de 13% na comparação anual) e ebitda de US$ 2,7 bilhões (30% menor, na mesma base).

Apesar das dificuldades, o Safra mantém a recomendação de outperform para as ações, com preço-alvo de US$ 16,90, o que indica um potencial de alta de 120% sobre a cotação de referência do banco.

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