Vai no Debit ou no Credit? PIX bilionário do BC suíço, derrocada da Hapvida, crise na Americanas e outras notícias
Os mercados financeiros têm vivido um susto atrás do outro. O mais recente deles começou na semana passada, com os temores de contágio em meio ao repentino colapso do SVB, o banco do Vale do Silício.
Quem quase ficou pelo caminho foi o Credit Suisse. Considerado um dos mais tradicionais bancos de investimento do mundo, ele enfrenta há anos uma crise de credibilidade e temores referentes a sua real situação financeira.
A ação do bancão suíço renovou as mínimas históricas ontem, chegando a cair quase 30% depois de seu principal acionista, o Banco Nacional Saudita, lhe ter negado ajuda financeira.
Quem veio ao resgate do Credit Suisse foi o Banco Nacional da Suíça, autoridade monetária da nação alpina. O BC suíço ofereceu uma linha de crédito de 50 bilhões de francos suíços. A quantia equivale a R$ 285 bilhões.
Segundo o banco central, o Credit Suisse “cumpre os parâmetros de capitalização e liquidez impostos a bancos sistemicamente relevantes”.
Não é de espantar que o Credit Suisse aceitou o PIX. Hoje, a ação do banco recupera-se em Zurique, em alta de mais de 20%, e as principais bolsas da região avançam aliviadas.
Agora as atenções estão voltadas para a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), prevista para o fim da manhã de hoje. Antes do susto, havia uma certeza inabalável de que o BCE elevaria os juros da zona do euro em 50 pontos-base.
O caso do Credit agora alimenta especulações de que o BCE poderia tirar o pé do acelerador ou sinalizar uma futura ação nesse sentido.
Afinal, o forte aperto monetário promovido pelos principais bancos centrais do mundo nos últimos meses é visto como uma das causas para a mais recente crise na praça.
Por aqui, as atenções estão voltadas para a definição da proposta do governo para o estabelecimento de uma nova âncora fiscal, o que deve acontecer ainda esta semana.
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O que você precisa saber hoje
REPORTAGEM ESPECIAL
Hapvida do céu ao inferno: os sete erros que fizeram as ações HAPV3 despencarem quase 50% em 15 dias. A frustração do mercado com a fusão da operadora de saúde com a NotreDame Intermédica passa pelo cenário macroeconômico, perda de confiança na gestão e incertezas sobre o futuro.
QUEBRA DE BRAÇO
E agora, Lemann? Credores da Americanas (AMER3) querem R$ 2 bilhões a mais para fechar acordo, diz agência. A proposta oficial colocada sobre à mesa é de R$ 10 bilhões, mas fontes ouvidas pela Bloomberg Línea indicam que os credores querem injeção de R$ 12 bilhões para qualquer tipo de acerto.
VEM MAIS POLÊMICA POR AÍ?
Conselho da Gafisa (GFSA4) aprova novo aumento de capital de até R$ 200 milhões. A companhia recorre novamente à operação pois, segundo comunicado, o aumento anterior não atingiu o valor desejado. Porém, a última operação realizada pela construtora é alvo de disputa judicial. Relembre o caso.
AGORA VAI
Nem precisou do Lula: Gol (GOLL4) lança promoção de passagem aérea a R$ 200. Márcio França (PSB), ministro de Portos e Aeroportos, disse que Gol e a Azul (AZUL4) “já toparam” participar do programa com passagens baratas.
DIÁRIO DOS 100 DIAS
Dia 74 | Lula com as Forças Armadas: Após fritar comando do Exército, presidente almoça com militares, mas sobremesa fica para depois. O arcabouço fiscal não foi servido na quarta-feira (15). Chefe do Executivo ainda precisa se reunir com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para bater o martelo.
ESTRADA DO FUTURO
O novo ChatGPT está no ar e aqui estão algumas coisas que ninguém no mercado está falando. Na visão do colunista Richard Camargo, em breve, oito horas diárias de trabalho burocrático serão resolvidas em 30 minutos com ajuda de sistemas de inteligência artificial.
Uma boa quinta-feira para você!