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Vai mudar o rumo? Banco do Brasil (BBAS3) sobe e acumula 7% desde mínimas à espera de balanço

14 ago 2025, 15:21 - atualizado em 14 ago 2025, 17:42
banco do brasil - bbas3
De acordo com a pesquisa, o consenso implícito para o lucro líquido (ajustado por extremos) está em R$ 3,55 bilhões (Imagem: Agência Brasil)

Após derreter, o Banco do Brasil sobe antes do balanço. Nesta sessão, BBAS3 exibia alta de 2,18%, a R$ 19,7. Desde 1º de agosto, quando encostou na mínima do ano, a ação já salta 7%.

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Apesar da expectativa de números fracos, os mercados não descartam alguma surpresa.

Segundo uma pesquisa realizada com 33 investidores pelo Safra, uma ampla maioria (88%) dos entrevistados acredita que a expectativa de um trimestre fraco não está precificada.

“Há uma visão de que o mercado não precificou totalmente os resultados, o que em teoria abre espaço para reprecificação, seja para cima ou para baixo”.

O tamanho do pessimismo também pode fazer o tiro sair pela culatra: qualquer surpresa positiva no guidance ou no lucro geraria uma alta relevante, embora isso seja visto como uma probabilidade baixa.

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Com mau-humor já forte, um resultado apenas moderado ou levemente fraco teria impacto limitado nas ações, a menos que prejudique de forma relevante a perspectiva de médio prazo — “especialmente em relação à qualidade dos ativos e à solvência”.

Em seu perfil no X, a CM Capital diz que o preço descontado do BB ante histórico recente e pares pode acender reprecificação a qualquer sinal de melhora.

“Números de crédito, provisões e serviços podem mudar o humor rapidamente: direção do guidance importa mais que o passado”.

O fluxo técnico também pesa no dia do resultado: quem estava vendido pode estar zerando antes do fato, afirma.

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Guidance no centro das atenções

Além dos resultados em si, os analistas estarão de olho mesmo no guidance (projeções).

No primeiro trimestre, a piora da inadimplência do agro junto com as novas regras da CMN (Conselho Monetário Nacional) jogaram a provisão para as alturas, obrigando o BB a pausar algumas linhas.

Agora, a expectativa é que o banco revele as novas projeções considerando a piora do cenário.

Mas não só isso. Analistas também avaliam que o BB irá cortar a projeção de payout, parcela do lucro distribuído para o acionista.

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Segundo a pesquisa do Safra, os investidores indicaram que os gatilhos mais importantes para assumir uma posição comprada seriam:

  • percepção de que os resultados trimestrais atingiram o fundo do poço;
  • melhora na qualidade dos ativos.

Apesar disso, os investidores locais esperam um guidance que traga ponto médio de R$ 20 bilhões no lucro de 2025, cerca de 25% abaixo do consenso do sell side.

Se isso se confirmar, o Safra não descarta reação negativa do mercado, já que a revisão consequente de lucros poderia frustrar:

  • investidores individuais, que têm sustentado fortes entradas líquidas no papel (R$ 5,5 bilhões desde o primeiro trimestre) na estratégia compre na baixa;
  • investidores estrangeiros, que consideraram a retirada do guidance muito negativa — e foram os principais vendedores líquidos no mesmo período, segundo dados da B3 — “e que, acreditamos, tendem a reagir de forma mais intensa a fatos relevantes”.

O que esperar do resultado?

De acordo com a pesquisa, o consenso implícito para o lucro líquido (ajustado por extremos) está em R$ 3,55 bilhões, com desvio-padrão relativamente baixo de R$ 640 milhões.

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A maioria das respostas (63%) está na faixa de R$ 3,0–R$ 4,0 bilhões, sendo que 36% concentram-se entre R$ 3,0–R$ 3,5 bilhões.

Apenas 4% projetam resultado acima de R$ 4,5 bilhões, enquanto 18% esperam lucro abaixo de R$ 3,0 bilhões — o que indica viés claramente negativo.

Segundo os analistas do Bradesco, Marcelo Mizrahi e Renato Chanes, o índice de inadimplência pode continuar a se deteriorar.

Casa Lucro líquido 2T25 (R$ bi) ROE (%)
BTG 5 11,1
Genial 5,10 11,1
Safra 4,65 10,0
Goldman Sachs 5,00 11,0
Itaú BBA 5,30 11,0

 

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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