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Vai ficar para setembro: UBS BB revisa cortes dos juros dos EUA – serão só 2 em 2024, prevê

10 abr 2024, 18:30 - atualizado em 11 abr 2024, 8:28
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UBS BB passou a projetar que a taxa básica de juros dos Estados Unidos caia apenas 0,50 p.p. este ano (Imagem: Kevin Dietsch/Pool via Reuters/File Photo)

O UBS BB revisou a perspectiva para os juros norte-americanos e, agora, espera que o primeiro corte do ciclo de afrouxamento aconteça só em setembro. A redução deve ser na magnitude de 0,25 ponto percentual (p.p.), avaliam os economistas em relatório desta quarta-feira (10).

A atualização da projeção veio após o Departamento do Trabalho americano divulgar que o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) teve alta de 0,4% em março. A inflação frustrou o mercado e veio acima do esperado — o que pode ter acendido um sinal amarelo para o Federal Reserve.

“Com os dados disponíveis apenas reforçando a narrativa de uma forte expansão e uma melhoria teimosa e hesitante da inflação, pelo menos neste momento, estamos adiando nossas expectativas para o primeiro corte de 25 pontos base nas taxas de junho para a reunião do setembro”, avaliam Jonathan Pingle e a equipe de economistas do banco.

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Além disso, o UBS passou a projetar que a taxa básica de juros dos Estados Unidos (EUA) caia apenas 0,50 p.p. este ano. A segunda redução de 0,25 p.p. deve ocorrer na reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) de dezembro.

A nova projeção condiz com o que mostra o CME FedWatch Tool, ferramenta que analisa as probabilidades de cortes nos juros.

Na tarde desta quarta, a reunião de setembro era indicada como a favorita para o início do ciclo, com 45,5% de probabilidade. Os mais pessimistas, sendo 42,6%, veem o primeiro corte acontecendo só em novembro.

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Como ficam os juros? CPI e payroll assustam

Com a surpresa no CPI desta manhã e apenas mais um relatório de inflação para o FOMC digerir antes da reunião de junho, as probabilidades de um corte nas taxas em junho caíram significativamente, avalia o UBS.

Além disso, os dados de hoje surgem à luz do aumento de 303 mil vagas de emprego fora do setor agrícola no relatório (payroll) do mês passado.

“Será totalmente difícil desfazer esses sinais de uma inflação de março semelhante à de fevereiro e de mais força do mercado de trabalho sem que haja uma desvantagem significativa no próximo relatório do CPI ou nos próximos dois relatórios de emprego antes da reunião de junho”, explicam.

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Para os próximos trimestres, os economistas esperam que o crescimento da economia norte-americana desacelere, à medida que a contribuição fiscal se desvanece, o investimento fixo das empresas abrande em termos líquidos e o consumo arrefece no próximo ano. Eles também projetam que a inflação caia.

“Como resultado, esperamos que o FOMC acelere o ritmo dos cortes nas taxas em 2025”, avaliam.