Vai ficar de fora do Ibovespa? BB estima alta de 30% para o índice em 2022

Por mais que as perspectivas para o ano que vem sejam as piores possíveis, o BB Investimentos prevê que o Ibovespa chegue aos 137 mil pontos, uma valorização de cerca de 30%, considerando o último fechamento.

Segundo a corretora, após a forte queda neste ano, há espaço para o índice avançar em 2022, refletindo um cenário micro ainda favorável, com empresas entregando bons resultados, apesar da desaceleração do crescimento econômico.

“Como são muitas as incertezas acerca do crescimento para o ano que inicia, que ainda sofrerá com pressão inflacionária e juros no patamar de dois dígitos, essa pontuação tende a ser revista à medida que forem sendo divulgados os resultados das empresas, bem como pelo refinamento da nossa visão sobre as taxas de desconto”, argumenta.

Para piorar a liquidez global, ainda elevada, pode se reduzir, e o efeito da alta dos juros no mercado norte americano resultará em uma migração de recursos para fora, movimento que ocasionará uma pressão adicional em nossa Bolsa.

Apesar dos pesares…

O BB coloca que por mais que a tônica sugira cautela na primeira metade de 2022, o nível de desconto das companhias no Brasil não pode ser desconsiderado.

“Atualmente, o Ibovespa opera na faixa de 2 desvios-padrão abaixo da média histórica da relação preço/lucro”, calcula.

Além disso, aparentemente, a evolução do processo de imunização no Brasil sugere que o país tende a apresentar impactos de redução de mobilidade menos intensos ao que se vê na Europa, prevê.

Leia também

Radar do mercado

Banco do Brasil (BBAS3), Carrefour (CRFB3), Petrobras (PETR4) e outros destaques desta segunda (25)

Economia

Confiança do consumidor do Brasil tem máxima em mais de 10 anos em novembro, diz FGV

Commodities, bola da vez (mas só no 2º semestre)

Segundo o BB, as empresas ligadas à commodities terão um cenário melhor em termos de geração de caixa.

“Setores mais cíclicos encontram-se excessivamente descontados e devem responder positivamente apenas a partir do segundo semestre, caso as perspectivas para o próximo ano indiquem bons ventos”, completa.

Para o setor, as apostas são em Vale (VALE3), CSN (CSNA3) e Gerdau (GGBR4).