Vai faltar luz? O que muda para os clientes da Light (LIGT3) após recuperação judicial?
Apesar da Light (LIGT3) ter dado entrada em pedido de recuperação judicial, a companhia elétrica não deve deixar seus clientes na mão, afirma o advogado do programa de energia do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Lourenço Moretto.
O secretário estadual da Casa Civil do Rio de Janeiro, Nicola Miccione, também reforçou que a prestação de serviços da Light deve continuar regular para a população, indústria e comércio fluminense.
“A gente entende que momentaneamente as questões financeiras deverão ser resolvidas no âmbito do processo, na mediação com os credores financeiros”, disse à Reuters. Mas concluiu que o Estado confia na manutenção da prestação de serviços pela elétrica.
Nesta semana, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a companhia elétrica não vem apresentando “respostas à altura” sobre sua eficiência administrativa e confirmou que o governo não vai admitir que empresas sem gestão eficiente participem do processo de renovação de distribuição.
Assim como explicado pela Light em comunicado ao mercado nesta sexta-feira (12), a medida serve como forma de “proteção e manutenção dos serviços prestados pelo grupo”. Ou seja, a recuperação protege a companhia e suas subsidiárias até que equacionem o endividamento de R$ 11 bilhões.
Pode ter corte de luz?
O advogado do Idec afirma que, apesar da recuperação judicial proteger a Light, ela também quebra a credibilidade com fornecedores de serviço. Os prestadores podem evitar o relacionamento com a elétrica ou exigir o pagamento à vista, o que afeta as entregas futuras da companhia, diz.