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Vai cair? Ação da Usiminas (USIM5) ‘passou do ponto’ após salto recente, avalia Genial

02 fev 2024, 16:49 - atualizado em 02 fev 2024, 16:49
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Usiminas engatou uma forte valorização no fim do ano passado (Imagem: REUTERS/Alexandre Mota)

A Genial Investimentos elevou o preço-alvo em 12 meses da ação da Usiminas (USIM5) de R$ 7 a R$ 8,70. Ainda assim, o novo valor estipulado implica um potencial de queda de 5,74% para a cotação atual. Na avaliação da corretora, faltam gatilhos de alta após a “rápida valorização dos ativos”.

Vale lembrar que a Usiminas engatou uma forte valorização no fim do ano passado. As ações dispararam 50% em pouco mais de 60 dias. Isso se deve principalmente ao destravamento de valor após a reforma do Alto-forno 3, diz a instituição.

Junto com o movimento de queda da Selic e melhores perspectivas para 2024 no segmento automotivo, as ações de Usiminas obtiveram ganho considerável na reta final do ano passado, destaca a Genial.

A recomendação de “manter” foi reiterada. Com a ação negociando a 5,2 vezes EV/Ebitda (Valor da Empresa/Ebitda) para 2024, os analistas da instituição enxergam pouca margem para a manutenção da trajetória de alta dos papéis.

“Inclusive, as ações ficaram levemente acima do preço que acreditarmos ser justo, pensando que no curto prazo”, afirmam Igor Guedes e Lucas Bonventi, do time de análise.

Na opinião dos analistas, as ações da Usiminas podem devolver parte dos ganhos nos próximos meses por “falta de oxigenação, que ainda pode durar alguns trimestres”. Para eles, como as ações subiram de maneira muito robusta dentro de um período tão curto, acabaram “passando do ponto”.

4T23 da Usiminas: leve melhora, mas ainda no prejuízo

Analistas da Genial rolaram suas estimativas para os resultados do quarto trimestre de 2023 da Usiminas. O balanço deve mostrar um trimestre ainda de desafios para a companhia, com questões da demanda interna ainda em foco.

“Mesmo considerando que a Usiminas consiga aumentar o volume em relação ao mesmo período de 2022, isso ocorrerá com a ajuda de um redirecionamento maior de vendas para o mercado externo, principalmente para a Argentina, adicionado também de um efeito de uma leve melhora no mercado automotivo no âmbito doméstico”, destaca a corretora.

A Genial levanta que os desafios da demanda no mercado doméstico podem ser associados ao aumento de importação de aço da China, o que intensificou a concorrência e promoveu uma guerra de preços.

Por isso, a Genial prevê uma redução sequencial de 4,5% da demanda no mercado doméstico no balanço do quarto trimestre de 2023, a 889 mil toneladas.

Do lado de preço, a corretora projeta queda tanto em base sequencial quanto anual, em linha com as dificuldades atravessadas pelas siderúrgicas nacionais em um ambiente bastante apertado, considerando a forte elevação da penetração do aço importado.

Na avaliação da Genial, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) deve vir “anêmico”, ao passo que a linha do lucro mostrará um prejuízo de R$ 123 milhões.

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