‘Vai acontecer como o Eike Batista’: Lula desabafa sobre Lemann à frente da Americanas (AMER3)

“Agora, vai acontecer o que aconteceu com o Eike Batista“, afirmou o presidente Lula sobre o futuro de Jorge Paulo Lemann, bilionário e acionista majoritário da Americanas (AMER3).

Também empresário, Eike Batista fez fortuna com companhias de petróleo, logística e geração de energia, mas acabou sofrendo uma derrocada, após frustrar expectativas de investidores. Eike chegou a ser considerado o sétimo homem mais rico do mundo pela revista Forbes, com uma fortuna estimada em US$ 30 bilhões em 2012.

Em entrevista à Rede TV, Lula foi questionado sobre o recente caso da varejista, que anunciou inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões no último dia 12. Cerca de uma semana depois, a empresa entrou com um pedido de recuperação judicial.

Lemann é acionista da Americanas há mais de 40 anos e perdeu cerca de R$ 2 bilhões no dia seguinte à notícia do rombo na varejista. Neste momento, a fortuna do empresário passou a ser cerca de R$ 80 bilhões.

O presidente afirmou, na entrevista que “as pessoas vendem uma ideia que elas não são de verdade”, afirmou, referindo-se ao bilionário.

Lula ainda disse que Lemann era considerado o “suprassumo” do empresário bem sucedido. “Ele era o cara que financiava jovens para estudar em Harvard para formar um novo governo e falava contra a corrupção todo dia, mas agora comete uma fraude que pode chegar a R$ 40 bilhões”, afirma, citando o valor estimado das dívidas da varejista.

Justiça social

O presidente ainda desabafou sobre a sua indignação com a reação do mercado ao caso da Americanas. “Qualquer palavra que a gente fala sobre estruturar políticas para os pobres, o mercado fica nervoso”, contrapõe.

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Lula menciona as políticas de aumento do salário mínimo e mudanças no imposto de renda como exemplos de medidas para melhorar a qualidade de vida das classes mais baixas.

Em contrapartida, quando “um deles joga fora R$ 40 bilhões de uma empresa, que parecia ser a empresa mais saudável do planeta, o mercado não fala nada”.

“Por que tanto amor pelos grandes, mas tanto desinteresse pelos menores?”, questiona o presidente.

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