Commodities

Vacinas devem liberar demanda reprimida por petróleo, diz IEA

14 set 2021, 8:50 - atualizado em 14 set 2021, 8:50
A IEA previu uma recuperação robusta no mercado a partir do quarto trimestre do ano, citando “forte demanda reprimida e progresso contínuo nos programas de vacinação” (Imagem: REUTERS/Richard Carson)

Depois de três meses de queda na demanda global de petróleo devido à disseminação da variante Delta da Covid-19 e às restrições da pandemia, especialmente na Ásia, a aplicação de vacinas deve impulsionar uma recuperação, afirmou a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) nesta terça-feira.

“Já estão surgindo sinais de queda nos casos de Covid, com a demanda agora prevista para se recuperar em acentuados 1,6 milhão de barris por dia (bpd) em outubro, e continuando a crescer até o final do ano”, escreveu a IEA, com sede em Paris, em seu relatório mensal do petróleo.

A IEA previu uma recuperação robusta no mercado a partir do quarto trimestre do ano, citando “forte demanda reprimida e progresso contínuo nos programas de vacinação”.

Ainda assim, a disseminação da variante Delta do vírus nos últimos meses fez com que a agência reduzisse sua previsão de crescimento da demanda para o ano em geral em 105.000 bpd, enquanto aumentou sua estimativa para 2022 em 85.000 bpd.

Até mesmo a projeção de crescimento da agência para o quarto trimestre foi ligeiramente reduzida em relação à estimativa do mês passado, e a maior parte do crescimento anual de 5,8% da demanda para 2021 vem do segundo trimestre, quando as vacinas começaram a ser aplicadas.

As projeções da IEA para o crescimento da demanda em 2021 são 760.000 bpd abaixo das divulgadas pela Opep na segunda-feira, e sua perspectiva de crescimento em 2022 é 950.000 bpd inferior à da OPEP.

Os números de crescimento da demanda da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) também são maiores do que os do governo dos Estados Unidos.

Os danos do furacão Ida no centro petrolífero da costa do Golfo dos EUA causaram o primeiro declínio no fornecimento global em cinco meses, acrescentou a IEA, estimando que as perdas potenciais de fornecimento pela tempestade se aproximam de 30 milhões de barris.

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