Vacinas

Vacina russa Sputnik V pode ser feita na Europa após assinatura de acordo com a Itália

09 mar 2019, 10:07 - atualizado em 09 mar 2021, 10:09
Vacina russa Sputnik V
A Sputnik V já foi aprovada ou está sendo analisada em três países-membros da UE: Hungria, Eslováquia e República Tcheca (Imagem: REUTERS/Agustin Marcarian)

A Sputnik V, vacina contra a Covid-19 da Rússia, poderia ser produzida na Europa pela primeira vez agora que um acordo comercial foi assinado pelo fundo soberano RDIF, sediado em Moscou, e a farmacêutica suíça Adienne para sua fabricação na Itália.

O acordo, que precisará da aprovação de agências reguladoras italianas antes de a produção poder ser iniciada, foi confirmado tanto pelo RDIF quanto pela Câmara de Comércio Ítalo-Russa.

Ele é o sinal mais recente de que alguns membros da União Europeia não estão dispostos a esperar que a agência reguladora do próprio bloco – a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) – conceda sua aprovação à Sputnik V.

Cientistas disseram que a vacina russa é quase 92% eficaz com base em resultados de testes de estágio avançado analisados pela comunidade científica e publicado no periódico médico The Lancet no mês passado.

A Sputnik V já foi aprovada ou está sendo analisada em três países-membros da UE: Hungria, Eslováquia e República Tcheca.

Autoridades da UE disseram que Bruxelas poderia iniciar negociações com um fabricante de vacinas se ao menos quatro membros as solicitarem.

“Este acordo é o primeiro de seu tipo com um parceiro europeu”, disse Vincenzo Trani, diretor da Câmara de Comércio Ítalo-Russa, em um comunicado. “Ele pode ser chamado de um acontecimento histórico, o que é prova do bom estado das relações entre nossos países e mostra que as empresas italianas conseguem enxergar além das diferenças políticas.”