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Vacina Oxford/AstraZeneca é menos eficaz contra variante sul-africana, diz estudo

07 fev 2021, 16:03 - atualizado em 07 fev 2021, 16:03
Astrazeneca
Na sexta-feira, Oxford disse que sua vacina tem eficácia semelhante contra a variante do coronavírus britânico (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic)

A farmacêutica britânica AstraZeneca disse no sábado que sua vacina desenvolvida em conjunto com a Universidade de Oxford aparentemente oferece apenas uma proteção limitada contra a infecção causada pela variante sul-africana da Covid-19, com base nos primeiros dados de um teste.

O estudo da Universidade de Witwatersrand, da África do Sul, e da Universidade de Oxford mostrou que a vacina reduziu significativamente sua eficácia contra a variante sul-africana, de acordo com uma reportagem do Financial Times.

Entre as variantes do coronavírus atualmente mais preocupantes para cientistas e especialistas em saúde pública estão as chamadas cepas britânica, sul-africana e brasileira, que parecem se espalhar mais rapidamente do que outras.

“Neste pequeno estudo de fase I e II, os dados iniciais mostraram eficácia limitada contra infecções leves principalmente devido à variante sul-africana B.1.351”, disse um porta-voz da AstraZeneca em resposta à reportagem do FT.

O jornal disse que nenhum dos mais de 2.000 participantes do estudo foi hospitalizado ou morreu.

“No entanto, não fomos capazes de determinar adequadamente seu efeito contra infecções graves e contra hospitalização, uma vez que os indivíduos eram predominantemente adultos jovens saudáveis”, disse o porta-voz da AstraZeneca.

A empresa disse acreditar que sua vacina poderá proteger contra infecções graves, visto que a atividade de anticorpo neutralizante era equivalente à de outras vacinas contra Covid-19 que demonstraram proteção contra casos mais sérios.

O teste, que envolveu 2.026 pessoas, com metade sendo o grupo placebo, não foi revisado por pares, disse o FT.

Embora milhares de mudanças individuais tenham surgido à medida que o vírus se transforma em novas variantes, apenas uma pequena minoria provavelmente será relevante ou alterará o vírus de forma perceptível, de acordo com o British Medical Journal.

“A Universidade de Oxford e a AstraZeneca começaram a adaptar a vacina contra esta variante e irão avançar rapidamente no desenvolvimento clínico para que esteja pronta para entrega no outono (do Hemisfério Norte), caso seja necessário”, disse o porta-voz da AstraZeneca.

Na sexta-feira, Oxford disse que sua vacina tem eficácia semelhante contra a variante do coronavírus britânico, assim como contra as variantes que circulavam anteriormente.