Saúde

Vacina de Oxford salvou muitas vidas, diz Queiroga ao assinar parceira com universidade

27 out 2021, 16:45 - atualizado em 27 out 2021, 16:45
Queiroga
“Essa vacina foi muito importante para reduzir não só o número de casos, mas sobretudo o número de óbitos provocados pela pandemia de Covid-19” (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta quarta-feira que a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford com o laboratório AstraZeneca contra a Covid-19 foi responsável por salvar muitas vidas no Brasil, ao assinar carta de intenções para abertura no país de um unidade da instituição para pesquisa e educação.

A vacina Oxford/AstraZeneca, que teve estudo clínico realizado no Brasil e atualmente é produzida no país pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), é a mais usada contra a Covid-19 em território nacional, sendo responsável por 41,7% das doses aplicadas.

“A pandemia nos ensinou que é através da ciência de qualidade que nós vamos caminhar para ajudar a população mundial a sair de situações como essa”, disse o ministro em cerimônia de assinatura no Museu de História Natural de Oxford.

“Essa vacina foi muito importante para reduzir não só o número de casos, mas sobretudo o número de óbitos provocados pela pandemia de Covid-19”, acrescentou.

A posição de Queiroga a favor da vacina contraria o presidente Jair Bolsonaro, que frequentemente coloca em dúvida a segurança dos imunizantes e que já declarou que não irá se vacinar contra a Covid-19.

Na terça-feira, a CPI da Covid no Senado aprovou relatório final em que pede o indiciamento de Bolsonaro por nove crimes, incluindo crime contra a humanidade, ao considerá-lo o maior responsável pela tragédia da pandemia no Brasil, onde mais de 606 mil pessoas já morreram pela doença.

Queiroga também é alvo de pedido de indiciamento pelos crimes de epidemia com resultado de morte e prevaricação.

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Unidade de Oxford

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil será o primeiro país do mundo a receber uma unidade de Oxford. O local será voltado para novas pesquisas, produção de vacinas, medicamentos e formação de novos pesquisadores.

“A parceria com o Brasil vai priorizar a pesquisa em saúde global, além da formação de novos profissionais na área de doenças infecciosas, pesquisas clínicas e desenvolvimento de imunizantes. A unidade brasileira terá cursos de mestrado, PhD e atualização para profissionais. O centro ainda terá as atividades focadas no desenvolvimento clínico de novos medicamentos e vacinas”, disse a pasta em nota.

O Instituto Nacional de Cardiologia (INC), no Rio de Janeiro, é um potencial candidato para sediar as atividades de pesquisa no Brasil, acrescentou.